G1/LD
ImprimirA ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse ao Blog que vai promover “grandes mudanças” na Fundação Nacional do Índio (Funai) até o fim deste mês – e que avalia o nome do general do Exército Franklimberg de Freitas para comandar o órgão.
“É uma excelente indicação, estamos analisando. É um bom nome o general, íntegro e os índios gostam muito dele”, afirmou a ministra à reportagem.
Franklimberg já ocupou a presidência da Funai no governo Temer. Ele foi uma indicação do PSC. Foi exonerado em 2017, após pressão de ruralistas junto ao Palácio do Planalto.
Assessores de Damares afirmam que ele, além de general, tem origem indígena e, por isso, teria o apoio de setores indígenas para comandar o cargo.
A ministra Damares afirmou que ainda toma pé das atribuições de órgãos da pasta, como a Funai – que saiu do Ministério da Justiça no governo Bolsonaro e migrou para o ministério que chefia.
Segundo ela, por conta de alguns “óbices jurídicos”, não assinou decisões do órgão como a que exonerou a diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inacio, na semana passada. Azelene era alvo de uma investigação do Ministério Público por conflito de interesse.
Na semana passada, o blog revelou o caso. Após a reportagem procurar o Ministério da Justiça, a pasta disse que Azelene seria exonerada. Mas, segundo a ministra, ela não viu ainda esta exoneração publicada – e não soube dar mais detalhes sobre a saída da diretora: “ela estava trabalhando lá normalmente na sexta-feira”.
Segundo o blog apurou com fontes da Funai, Azelene é mais um dos casos do governo que resiste a deixar o cargo, mesmo após a confirmação oficial do Ministério da Justiça de que a exoneração dela já foi encaminhada para a Casa Civil na semana passada.
A diretora de Proteção Territorial buscava apoio para presidir a Funai até a semana passada.
Com a troca do comando da Funai, Damares deve também trocar toda a diretoria do órgão até o fim de janeiro.