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ImprimirO PMDB pode tirar o "P" de "partido" para voltar a ser o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), legenda criada anteriormente e que tinha a característica de ir contra a ideologia ditatorial. A ideia agradou a maioria dos deputados estaduais, integrantes do partido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
"Espero que não mude apenas a sigla e sim as atitudes também. Ter mais coerência e responsabilidade com as ideologias iniciais", disse o presidente regional do partido, deputado Junior Mochi.
Considerada sigla contrária ao coronelismo, o MDB atuou contra a ditadura militar. "Quem teve essa ideia pensou em resgatar a democracia", declarou o deputado Eduardo Rocha (PMDB).
O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), afirmou ontem que encaminhou ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o nome da legenda.
O presidente Michel Temer (PMDB- SP) já deu o aval e a mudança deve ser concretizada em 27 de setembro, durante a convenção nacional da legenda.
O deputado estadual Renato Câmara (PMDB) considera a transição importante. "Precisamos voltar de fato às nossas origens. Fomos instituídos como resistentes à ditadura e o combate ao militarismo", defendeu.
Também peemedebista, o deputado Paulo Siufi (PMDB) disse acreditar que a motivação de Jucá seria a necessidade de amenizar o desgaste que o partido sofreu em algumas localidades.
"Acho uma boa estratégia e não vejo problema em mudar, vamos apenas tirar a palavra partido da sigla", disse o parlamentar.
O presidente municipal da sigla, Ulisses Rocha, foi até a Assembleia Legislativa, na manhã de hoje, para conversar com integrantes do partido sobre a eleição que acontecerá no diretório regional no próximo sábado (19) e também da possibilidade da mudança do nome.
"Acredito que serei reconduzido ao cargo de presidente do partido e na ocasião vamos discutir sobre essa mudança de nome da sigla", disse.
PRESIDENTE REGIONAL
Grupo de peemedebistas, na Assembleia, acreditam no nome do ex-governador André Puccinelli (PMDB) como futuro nome para a presidência regional da sigla. "André sempre foi muito atuante. Acredito que seria o melhor nome", disse Siufi.
Renato Câmara e Eduardo Rocha também compactuam com a mesma ideia de Siufi. "André é um nome forte", ratificou Rocha.
Para o presidente municipal do partido, Ulisses Rocha, o entendimento dele e outros líderes é de que André terá mais tempo para organizar o partido para as eleições de 2018.