CE/PCS
ImprimirO resultado da eleição para a Prefeitura de Campo Grande é a sentença final do julgamento dos campo-grandenses em relação ao governador Reinaldo Azambuja e sua administração. Muito mais culpa da desadministração do que erro dos marqueteiros (realmente medíocres) e da fragilidade e vaidade da candidata Rose Modesto.
Este é um resumo de opiniões de políticos ligados ou não ao governador. Aumento abusivo de impostos, quebra de promessas de campanha, erros dramáticos no setor de saúde, a começar da terceirização (Caravana da Saúde, por exemplo) e de muitos outros setores foram fundamentais.
Mas o maior e mais grave problema, acham as lideranças, foi o governador Reinaldo Azambuja claramente desprestigiar seus aliados para favorecer inimigos de campanha. “Azambuja montou um secretariado de amigos. Quase ninguém realmente preparado. Jogou politicamente mal e, quando foi necessário fazer escolhas, escolheu errado: nas secretarias deveria ter priorizado pessoas capacitadas e preparadas. Fez exatamente o contrário”.
E quando precisou fazer trocas, trocou com intenções meramente políticas e não administrativas. O secretário de Segurança, por exemplo, não entende nada do setor. Barbosinha, eleito deputado estadual, oriundo da Sanesul, foi indicado para a pasta para promover o deputado Coronel David para a Assembleia Legislativa.
Agora, acredita-se, ele deverá promover uma reforma administrativa com urgência, pelo menos para tentar impedir que seu Governo transforme-se, de uma vez, no olhar dos eleitores, em um fracasso total. Está indo muito bem por este caminho.
Resumindo: Azambuja está perdendo para ele mesmo. E os resultados negativos nos dois maiores colégios eleitorais (Dourados e Campo Grande). E a professora Rose acabou sendo a maior vítima dele e dos marqueteiros despreparados que espalharam uma campanha odiosa.