CE/PCS
ImprimirO PT de Mato Grosso do Sul agoniza diante do desgaste provocado pelos escândalos de corrupção envolvendo as suas principais lideranças nacionais e regionais. Se não bastasse o fracasso nas eleições municipais, o avanço das investigações da Lava Jato, o partido vive em guerra interna declarada entre o atual presidente da legenda Antônio Carlos Biffi e o deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
A insatisfação com essa situação é geral entre os integrantes do partido. Tanto é que muitos estão pensando em sair do PT. A debandada deve acontecer a partir de março, após a renovação partidária. Até lá os assédios de outras siglas sobre nomes da legenda serão intensos e só a possibilidade de voltar a ter palanque já é um bom motivo para pensar na mudança.
Essa ruína da sigla não é de agora. O PT nunca teve união interna para conseguir alavancar sua militância. E tem sofrido duros golpes desde a prisão do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido). Ex-petista, ele era o representante do governo de Dilma Rousseff (PT) no Senado. Detentor de muito poder, circulava em várias esferas do Legislativo, Executivo e Judiciário.
O próprio PT abandonou e expulsou Delcídio. Ele ficou preso por quase 90 dias na PF depois de ser gravado prometendo ao filho de Cerveró conversar com ministros do STF para libertar o ex-diretor da Petrobras e sugerindo plano de fuga para ele, rumo a Espanha e passando pelo Paraguai. Em seguida ele fez várias delações premiadas, inclusive entregando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente cassada Dilma Rousseff, vários senadores e outras lideranças políticas.