Agência Brasil/LD
ImprimirO governador de São Paulo, João Doria, disse hoje (10) que deve haver mais “convergência” do que “divergência” sobre a proposta de reforma da Previdência na 5ª Reunião do Fórum de Governadores, prevista para amanhã (11) em Brasília.
“A maioria dos governadores apoia a reforma da Previdência e também a manutenção de estados e municípios na proposta original do ministro [da Economia] Paulo Guedes”, afirmou Doria, após participar da abertura do 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria.
Para Doria, o encontro deve fechar uma posição que talvez não envolva todos os governadores, mas certamente terá ampla maioria. “A busca é pela convergência, pelo entendimento. E está muito próximo de chegarmos a esse patamar com uma maioria expressiva", afirmou Doria.
Carta Na semana passada, a divulgação antecipada de uma carta pública do fórum desagradou a alguns governadores de estados da Região Nordeste.
O documento ressalta a importância de os estados serem garantidos no texto por causa do déficit nos regimes de aposentadoria e pensão de seus servidores. Apesar da assinatura de sete dos nove chefes do Executivo da região, eles negam que tenham dado o “de acordo” ao documento.
A reação veio no mesmo dia, por meio de outra carta, assinada por todos os governadores do Nordeste. Nela, além do ponto comum que estava na carta do Fórum, eles apontaram pontos específicos que querem ver retirados da proposta, como as mudanças no Benefício de Prestação Continua (BPC) e nas aposentadorias rurais. Eles questionaram também a desconstitucionalização da Previdência e o sistema de capitalização, no qual se baseia o regime de aposentadorias proposto.
Vazamentos Doria também pediu cautela em relação às mensagens que teriam sido trocadas por membros da força-tarefa da Operação Lava Jato publicadas pelo site The Intercept. “É cedo ainda para avaliar. Primeiro temos que certificar e não precipitar manifestações, nem decisões, muito menos juízo. Este é o momento de ter um pouco de cautela até termos informações mais concretas antes de fazer qualquer avaliação”, enfatizou o governador.
Segundo a reportagem do Intercept, as mensagens trocadas por meio de um aplicativo de conversas por celular foram entregues por uma fonte que pediu sigilo e apontam para uma “colaboração proibida” entre o então juiz federal e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, que era responsável pelo julgamento de processos da Lava Jato em Curitiba, e os procuradores, a quem cabia acusar os suspeitos de integrar o esquema de corrupção.