EC/PCS
ImprimirO governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reforçou nesta sexta-feira (19), as críticas feitas pelo Instituto Butantan ao Ministério da Saúde. Segundo o governador, "é inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua incompetência, sua ineficiência, e a sua incapacidade, que está acarretando na falta de vacinas nas cidades, nos Estados, e no País".
Na noite de ontem (18), o Instituto Butantan rebateu a informação divulgada pelo Ministério da Saúde de que haverá dificuldade em manter o cronograma inicial de vacinação contra a covid-19 pelo fato de o órgão entregar apenas 30% das doses contratadas para fevereiro. De acordo com Doria, 9,8 milhões de doses do imunizante já foram entregues à pasta.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, houve atraso na entrega da matéria prima para as vacinas, previstas em chegar em 06 de janeiro e foram entregues em fevereiro. Entre os motivos, Covas citou "a celeuma da importância do relacionamento Brasil-China que causou dificuldades na liberação da matéria prima".
A previsão do Instituto é entregar, até 31 de março, 27,1 milhões de doses no total. Em abril, serão entregues mais 18,9 milhões de vacinas, totalizando o objeto do primeiro contrato firmado, de 46 milhões de doses. Dimas Covas ressalta que as entregas de abril ainda dependem da entrega de novos lotes de insumos para produção da vacina da China.
O governador também criticou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, que em vídeo distribuído pela assessoria de imprensa do ministério ontem, afirmou que "até o início desta tarde, nós tínhamos a previsão de 9,3 milhões de doses de vacinas a serem fornecidas pelo Instituto Butantan. Infelizmente, recebemos a notícia de que eles vão nos entregar apenas 30% dessas doses. Serão apenas 2,7 milhões". Segundo Doria, o secretário, sobre saúde, "não tem competência nem habilitação para falar".