G1/LD
ImprimirApós Justiça determinar nesta quarta-feira (28) a retirada de posts com informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta no último dia 14 no Rio de Janeiro, o Facebook afirmou que vai remover os conteúdos.
"O Facebook respeita a justiça brasileira e removerá os conteúdos específicos indicados nos autos".
O juiz Jorge Jansen Counago Novelle, da 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou, em liminar, que o Facebook retire as publicações em 24 horas. Além de Marielle, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução. A ação foi movida pela irmã e pela viúva da parlamentar.
Segundo o Tribunal de Justiça, por meio de sua assessoria de imprensa, Novelle também determinou que o Facebook utilize todas "as ferramentas disponíveis para impedir a publicação de novas postagens ofensivas à Marielle e que informe se os perfis de Luciano Ayan, Luciano Henrique Ayan e Movimento Brasil Livre patrocinaram as postagens".
Na decisão, o juiz Jorge Novelle destacou que o Facebook tem recursos para excluir as postagens que ofendem a honra de Marielle Franco, e que é inaceitável que a memória da parlamentar continue sendo desrespeitada.
“Não se há de tolerar, que a morte de Marielle, Mártir da História Contemporânea do Brasil, se repita, dia-a-dia, como vem ocorrendo, com a conivência, por omissão, especificamente do Réu, que se traveste numa rede social e vem permitindo a propagação de crimes como calúnia contra os mortos, ódio, preconceito de raça e gênero e abusos, contra alguém que já não tem como se defender, contra seus parentes, irmã e sua companheira, contra familiares e contra a Sociedade”, afirmou.
Veja o que dizem as mensagens e as checagens:
A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também publicou no Facebook um comentário em que dizia que Marielle "estava engajada com bandidos e foi eleita pelo Comando Vermelho".