Sábado, 23 de Novembro de 2024
Política
21/09/2015 12:46:00
Governo Alckmin troca comando da Rota em São Paulo
Decisão se dá diante da sequência de episódios de violência policial em São Paulo

Veja/PCS

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Alberto Sardilli vai substituir o tenente-coronel Alexandre Gasparian no comando da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)(Peter Leone/Folhapress) (Foto: Peter Leone/Folhapress)

Diante da sequência de episódios que desgastaram a imagem da Polícia Militar - especialmente das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) -, o governo de São Paulo decidiu trocar o comando da unidade. lberto Sardilli vai substituir o tenente-coronel Alexandre Gasparian, que assumirá o posto deixado pelo colega na Cavalaria da PM.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira. Gasparian deixa o cargo menos de sete meses depois de assumi-lo. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) classificou a mudança como uma "decisão estratégica", mas não deu mais detalhes sobre a substituição.

No mês passado, catorze agentes da Rota foram presos sob suspeita de executar dois suspeitos em Pirituba, Zona Norte de São Paulo, e simularem um tiroteio. Dois agentes da corporação tentaram ainda matar um pintor em Sumaré, no interior paulista, mas acabaram presos.

A decisão se dá ainda quatro dias depois de a Corregedoria da PM pedir a prisão temporária de seis policiais, suspeitos de envolvimento na morte de Fernando Henrique da Silva. Silva foi arremessado de uma altura de quase nove metros por um agente da PM de cima do telhado de uma casa. O crime foi gravado por um cinegrafista amador. Um amigo da vítima, Paulo Henrique de Oliveira foi alvejado mesmo depois de ter se rendido. Ele foi algemado, solto e baleado por um grupo de policiais na rua, que tentaram simular um confronto. Os dois eram suspeitos de roubar uma moto, na região do Butantã, Zona Oeste da capital paulista.

Policiais militares também são os principais suspeitos de envolvimento na maior chacina do Estado, que deixou dezenove pessoas mortas, como forma de retaliação pela morte de um colega dias antes, após um assalto em um posto de combustível. Os assassinatos em série aconteceram no dia 13 de agosto, em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. Até o momento, o único preso é o PM Fabrício Emmanuel Eleutério. Ele também responde a cinco processos no estado e já havia sido preso em abril de 2013 sob suspeita de integrar um grupo de extermínio.

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