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ImprimirO Governo do Estado decretou situação de emergência em mais 14 municípios que foram atingidos por chuvas intensas durante os meses de fevereiro e março de 2023. O decreto, publicado nesta terça-feira (25) no Diário Oficial do Estado, coloca os municípios de Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Batayporã, Sete Quedas, Eldorado, Japorã, Naviraí, Pedro Gomes, Iguatemi, Itaquiraí, Aral Moreira, Bonito, Sidrolândia e Coxim em alerta.
As cidades listadas sofreram danos na infraestrutura das rodovias e estradas vicinais, além de serviços essenciais à população terem sido afetados, como escoamento de safra agrícola e o transporte escolar. Os municípios deverão passar por obras de reconstrução para restabelecer os serviços.
Alerta foi atestado em laudo meteorológico emitido pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Laudo aponta que, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2023, ocorreram precipitações pluviométricas significativas, com acumulados que ficaram muito acima da média histórica de chuva na maioria dos municípios do Estado. A anormalidade foi confirmada em parecer técnico da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
Com novo decreto, Mato Grosso do Sul soma 33 municípios em situação de emergência este ano. No dia 30 de março, o Governo do Estado declarou situação de emergência em 19 municípios por causa das chuvas intensas.
Convênio emergencial - No dia 4 de abril, o governador Eduardo Riedel assinou convênio que permitiu o repasse de mais de R$ 2,8 milhões para os municípios de Jardim, Miranda, Antônio João, Rio Verde, Água Clara, Ponta Porã, Nioaque, Vicentina, São Gabriel do Oeste, Bataguassu, Bela Vista, Amambai, Corguinho, Naviraí, Juti, Caracol, Deodápolis, Tacuru e Paranhos.
O convênio tem o intuito de reforçar as ações contra os estragos provocados pela chuva e assistir a população afetada, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O decreto válido por 180 dias dispensa a necessidade de licitação para aquisição de material, mão de obra e demais itens necessários para a reconstrução das áreas afetadas.
Áreas afetadas - No início de março, produtores de soja do distrito de Anhanduí, em Campo Grande, ficaram com a colheita dos grãos parada por vários dias, por conta da condição das estradas que dão acesso à BR-163. O trecho mais prejudicado foi o da estrada Castelinho, onde caminhoneiros estão presos com as carretas atoladas.
Segundo relato da pecuarista Jaqueline Silva Azevedo, 39 anos, pelo menos sete safras estão prejudicadas, incluindo a dela, e os produtores tentaram desobstruir a via com o auxílio de máquinas, mas não deu certo. “A gente fica dependendo da boa vontade dos outros produtores para ajudarem a arrumar atoleiro, ainda tem bastante soja para escoar, aqui da nossa região”.
Estrada vicinal localizada no quilômetro 403 da BR-163, sentido ao município Nova Alvorada do Sul, também ficou danificada pela chuva e pela movimentação intensa de caminhões de grande porte. A estrada fica a 80 quilômetros da Capital e estava cheia de lama e buracos, e produtores locais reclamam de atoleiro e enfrentam dificuldade para realizar o transporte da colheita de soja.
"Com o alto índice de chuvas e grande movimentação de caminhões carregados com soja e bois, as estradas encontram-se interditadas. Muitas e muitas carretas estão atoladas no meio das estradas, além de estarem intransitáveis por qualquer tipo de veículo", resume.