As empresas de transmissão de energia elétrica de todo o País terão \n que se adequar ao Protocolo de Avaliação dos Sistemas de Proteção da \n Rede Básica do Sistema Interligado Nacional. A determinação está na \n portaria 576, do Ministério de Minas e Energia, publicada nesta \n quinta-feira no Diário Oficial da União. \n \n O objetivo é estabelecer procedimentos, critérios e requisitos a \n serem adotados na avaliação dos sistemas de proteção, com a intenção de \n aumentar a segurança e confiabilidade das operações.\n \n O protocolo foi apresentado ontem pelo ministro interino de Minas\n e Energia, Márcio Zimmermann, ao Comitê de Monitoramento do Setor \n Elétrico (CMSE), em reunião extraordinária convocada após o blecaute que\n atingiu o Nordeste e o Norte do Brasil na madrugada da última \n sexta-feira. Segundo o Ministério de Minas e Energia, todas as \n transmissoras de energia elétrica aderiram ao documento.\n \n Caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disciplinar\n o processo de avaliação, e ao comitê definir quais adequações serão \n prioritárias e em que prazo deverão ser executadas. As empresas deverão \n elaborar um plano de ação para sanar os problemas apontados pelo \n protocolo. Na semana que vem, oito subestações da Eletrobras \n serão avaliadas. Pelo menos dez equipes de técnicos do governo visitarão\n as principais instalações do sistema brasileiro de transmissão de \n energia, a partir de segunda-feira, para rever procedimentos de \n segurança.\n O blecaute, que atingiu quase 100% do Nordeste e 77% do Pará e de\n Tocantins, ocorreu porque a proteção das linhas de transmissão estava \n inativa, concluíram investigações sobre o caso, que apontaram falha da \n empresa Taesa. Uma semana antes da ocorrência, a chave tinha sido \n desligada para manutenção e não foi ligada novamente. De acordo com o \n ministro interino, a proteção teria evitado a queda de energia se \n estivesse operante.\n \n \n \n