G1/LD
ImprimirA indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos ainda não tem maioria para sua aprovação no Senado, mas o Palácio do Planalto está trabalhando intensamente para reverter esse cenário. A avaliação é de senadores ouvidos pelo blog, que lembram que o Executivo sempre tem muita força para mudar votos na Casa.
Segundo esses senadores, o clima é negativo para o filho do presidente Jair Bolsonaro tanto no plenário como na Comissão de Relações Exteriores. Nela, o quadro atual seria de empate, sete votos a favor e sete contra, o que obrigaria o presidente da comissão, senador Nelson Trad (PSD-MS), a desempatar.
“Mas esse é o cenário de hoje, em que ele teria dificuldades na comissão e minoria no plenário, só que o Palácio do Planalto está trabalhando intensamente para reverter isso”, disse um senador ao blog reservadamente, acrescentando que o governo tem força e poder para mudar o quadro atual.
O clima, segundo senadores, é de “constrangimento”, porque o ideal seria que o presidente não fizesse a indicação de seu filho para ocupar a principal embaixada brasileira no exterior. Mas ele não irá recuar, principalmente depois de receber uma carta escrita de próprio punho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiando a indicação.
Os Estados Unidos já formalizaram o aval para indicação de Eduardo Bolsonaro para ser o embaixador do Brasil em Washington.
No Senado, a avaliação de senadores é que o presidente da Comissão de Relações Exteriores só deverá pautar a sabatina de Eduardo Bolsonaro quando o clima no Senado for mais positivo para o filho do presidente. Por isso, lembram, Bolsonaro disse não ter pressa no processo.