O juiz Vinícius Santos Silva, da Vara de Execuções Penais (VEP)\n do Distrito Federal, negou pedido de tramitação prioritária do estudo para\n avaliar a proposta de emprego apresentada pelo ex-ministro da Casa Civil José\n Dirceu, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. \n \n Dirceu foi contratado para trabalhar como gerente administrativo\n do Hotel Saint Peter, em Brasília. De acordo com o contrato de trabalho assinado\n pelo ex-ministro, ele deve receber salário de R$ 20 mil. Dirceu está preso na\n Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.\n \n O ex-ministro foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão em\n regime semiaberto. De acordo com a Lei de Execução Penal, os condenados em\n regime semiaberto podem trabalhar dentro do presídio, em oficinas de marcenaria\n e serigrafia, por exemplo, ou externamente, em uma empresa que contrate\n detentos.\n \n \n \n \n \n \n O pedido de tramitação prioritária foi feita pela defesa de Dirceu, na semana\n passada, por ele ter mais de 60 anos. Segundo o juiz, a VEP analisa com rapidez\n todas as propostas de trabalho para garantir que os condenados não percam as\n oportunidades de emprego. \n \n "Cumpre observar, ainda, que o sentenciado que apresenta\n proposta de emprego encontra-se já em situação de vantagem sobre os demais, vez\n que a maioria da massa carcerária aguarda oportunidade de trabalho externo por\n meio de convênio firmados pela Funap (Fundação de Amparo ao Trabalhador\n Preso). Nesses casos, a implementação demora meses, considerando que o\n número de postos de trabalho oferecidos é sabidamente inferior ao número de\n internos que aguardam a oportunidade do referido benefício externo", disse\n o magistrado.\n \n Segundo o contrato de trabalho assinado pelo ex-ministro, se o\n pedido for aceito, ele deverá cumprir horário de trabalho das 8h às 17h e terá\n uma hora de almoço. Na ficha de solicitação de emprego, Dirceu disse que se\n candidatou ao emprego "por necessidade e por apreciar hotelaria e a área\n administrativa".\n \n \n