Sábado, 7 de Junho de 2025
Política
26/09/2019 15:57:00
lávio Bolsonaro volta atrás e diz que não vai 'impor' saída de filiados do PSL do governo Witzel

G1/LD

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O senador Flávio Bolsonaro confirmou, na manhã desta quinta-feira (26), que a retirada do apoio do PSL ao governo de Wilson Witzel se deve aos planos de candidatura do governador à Presidência da República em 2022, mas que não vai impor a saída dos parlamentares do governo. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Tupi. Atualmente, o senador é o presidente estadual da legenda.

“Ele está se colocando como um concorrente a uma reeleição do presidente atual, Jair Bolsonaro. Eu tive que tomar essa iniciativa como presidente estadual do PSL, não tem nada a ver com o presidente Jair Bolsonaro, é algo regional”, explicou o senador.

Flávio Bolsonaro afirmou ainda que irá se reunir com a bancada de deputados estaduais na próxima sexta (27) e que os espaços que eles possuem no governo são "construções individuais", mas que eles arcarão com os “ônus e bônus” do julgamento dos eleitores.

“Não vou impor nada a ninguém e não vou expulsar ninguém por causa disso, mas é um momento de reflexão. Todos têm mérito de terem sido eleitos, mas é óbvio para todo mundo que eles tinham um cartão de visita importante na eleição que era serem do partido do Jair Bolsonaro”, destacou.

Ingratidão

O senador lembrou que a maior bancada do PSL é do Rio de Janeiro, formada por 12 deputados estaduais e outros 12 federais. Ele afirmou ainda que identificou as declarações de Witzel por uma candidatura como “ingratidão”.

“Eu fico triste de, com oito meses de governo, estar discutindo esse assunto que é referente a daqui a três anos e meio. O governador botou na cabeça que quer ser presidente e ninguém tira. Tudo bem, é direito dele. Agora, ele está dando uma clara sinalização de ingratidão”, explicou.

Royalties

O senador também comentou as perspectivas para o julgamento que acontecerá no dia 20 de novembro no Supremo Tribunal Federal sobre uma decisão liminar que suspendeu as novas regras de divisão dos royalties do petróleo.

A Lei dos Royalties foi sancionada em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff. O trecho referente à divisão, contudo, foi suspenso pela ministra Cármen Lúcia.

No julgamento em novembro, o plenário do STF, formado por 11 ministros, decidirá se mantém ou derruba a decisão de Cármen. Flávio Bolsonaro afirmou que os parlamentares do RJ estão mobilizados pela manutenção da decisão.

“Se o Supremo mudar o seu entendimento de que a lei seria constitucional, é o fim do estado do Rio de Janeiro, a falência total”, ressaltou.

China

O senador Flávio Bolsonaro afirmou ainda que, em sua recente viagem à China, visitou uma petroleira que pretende retomar as obras do Comperj. Ele também falou da possibilidade de flexibilizar o visto de chineses para o Brasil, com o objetivo de facilitar o turismo.

Na entrevista, o senador considerou a gestão do pai na Presidência da República como positiva, principalmente na geração de empregos e redução da violência e que o discurso que fez na Assembleia Geral da ONU “lavou a alma dos brasileiros” por exaltar soberania e patriotismo.

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