Sábado, 23 de Novembro de 2024
Política
28/04/2013 11:38:18
Lula havia proposto mandato de 5 anos
Apesar de recorrente entre políticos, o assunto não é exatamente um tema da agenda popular.

Terra/AB

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\n \n Não\n é de hoje que um segundo mandato consecutivo é questionado no meio político. O\n assunto voltou à tona com declarações do senador Aécio Neves (PSDB-MG),\n possível candidato tucano à Presidência da República no ano que vem. Para ele,\n o vencedor do próximo pleito deveria ter um mandato único de cinco anos.\n \n A\n possibilidade de um presidente poder se reeleger foi possível desde 1998. À\n época, o então presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu em primeiro turno\n emplacar mais um mandato.\n \n Antes\n de ser reeleito, em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva também chegou a criticar a\n possibilidade do segundo mandato consecutivo e propor 5 anos de gestão sem\n reeleição. "Eu acho que a reeleição não é uma coisa boa para o Brasil,\n acho que, no futuro, nós vamos ter que abolir a reeleição da legislação\n eleitoral brasileira", disse o petista no início de 2006.\n \n Lula\n aproveitava o tema, em diversas vezes, para criticar seu antecessor. O petista\n aprovava os primeiros quatro anos de Fernando Henrique Cardoso no poder, mas\n dizia que o segundo mandato havia sido insatisfatório.\n \n A\n defesa não foi apenas retórica. No início do seu segundo mandato, Lula estava\n empenhado no assunto e o Executivo chegou a trabalhar para que deputados e\n senadores fizessem o assunto realmente andar no Congresso Nacional. Em 2009, no\n entanto, o ex-presidente recuou após “calcular” que o mandato único poderia\n favorecer o PSDB – rivais internos, Aécio e José Serra poderiam fazer um acordo\n de apoio mútuo.\n \n Apesar\n de recorrente entre políticos, o assunto não é exatamente um tema da agenda\n popular. O cientista político Leonardo Barreto observa que “as pessoas não\n estão insatisfeitas com a reeleição e o não estão indo às ruas protestar contra\n oito anos de mandato”.\n \n “É\n uma coisa que tem mais a ver com o jogo do que com uma agenda de\n aperfeiçoamento das instituições”, avalia Barreto. “É mais uma sinalização para\n os outros jogadores para formação de alianças políticas”.
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