\n A constatação pode ser feita por qualquer pessoa. Basta chegar à Rio Verde, município localizado na região norte de Mato Grosso do Sul, para visualizar a grande quantidade de buracos nas ruas e avenidas da cidade. As crateras estão por toda parte, até mesmo na região central, mas, nos bairros a situação é precária, algumas ruas estão intransitáveis. Numa breve volta em Rio Verde, nossa reportagem constatou vários locais nessa situação, o que tem gerado o descontentamento de grande parte dos moradores. Na Barão do Rio Branco, principal avenida da cidade, a via está afundando em alguns pontos. Já na rua Allan Kardec, que fica no bairro Tubinambás, o asfalto foi praticamente tomado pelos buracos (veja foto). O prefeito eleito, Mário Alberto Kruger (PT), acredita que para fazer um trabalho paliativo por toda a cidade vai ser necessário gastar entre R$ 300 e R$ 500 mil. Bem humorado, Kruger ainda brincou: “Dia 14 o governador [André Puccinelli - PMDB] vem a Rio Verde, quero ver por onde vai passar para não ver as crateras”. Entretanto, Kruger afirma que está mais preocupado com outro buraco: o financeiro. As informações que chegam até o prefeito eleito são preocupantes. “A atual administração acabou de pagar os salários de outubro, ainda tem novembro, dezembro e 13º. Acredito que pelo menos duas folhas, que totalizam R$ 2 milhões, fique para a minha gestão quitar”, comentou o prefeito eleito. Segundo Kruger, a estimativa é herdar uma dívida de R$ 5 milhões. Além das folhas, a prefeitura deve R$ 1 milhão para a empresa que faz a limpeza pública, mais R$ 800 mil para a Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), R$ 700 mil de previdência e R$ 280 mil para o Hospital Regional Álvaro Fontoura. “Isso não é tudo, se somarmos as pequenas dívidas, vai ultrapassar a cifra de R$ 5 milhões”, explicou o prefeito eleito. Para Kruger, o pior é que, aliado a todas as dívidas, a prefeitura está há mais de um ano no CADIN (Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal). “Vejo nos noticiários que os colegas, prefeitos da região norte, estão em Brasília angariando recursos para suas administrações, mas eu nem posso pisar lá, pois com a prefeitura negativada não consigo um centavo do governo federal”, finalizou o prefeito eleito. \n \n