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ImprimirEm entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (20), o MDB e partidos aliados afirmaram que a prisão do ex-governador André Puccinelli não mudará os planos da legenda em lançá-lo como candidato ao Governo do Estado. Deputado estadual, Junior Mochi afirmou que os advogados ingressarão com recurso e esperam por uma decisão favorável até a terça-feira (24).
Participaram da entrevista na sede do MDB os deputados estaduais da sigla, o senador Waldemir Moka, além de representantes dos partidos aliados PHS, PMN, PEN PSDC, PRTB, PR, PTC, PRP e Avante.
Mochi afirmou que a determinação da Justiça Federal que levou André, o filho Puccinelli Junior e o advogado João Paulo Calves para a prisão não está baseada em novas informações. “Já houve prisão anterior e habeas corpus sobre esses mesmos fatos”, disse.
Ainda segundo o deputado, a equipe de advogados de André está no processo de elaborar o recurso que será apresentado ao TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). “Esperamos que esse pedido será apreciado pelo TRF no mais tardar segunda ou terça. Acreditamos que o TRF3 deverá rever a decisão concedida em caráter liminar”.
Mochi também reforçou o fato de que ele não é uma opção do partido para concorrer às eleições ao Governo. “Não há um plano B e isso nunca foi discutido, há o plano A, o A de André, finalizou.
Prisão
Além do ex-governador, foram presos na manhã de hoje seu filho, André Puccinelli Junior, e o advogado João Paulo Calves, acusados pelo MPF (Ministério Público Federal), de lavagem de dinheiro e continuidade da prática de atos ilícitos, mesmo após a primeira prisão do trio, em novembro de 2017, na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, a Papiros de Lama.
Durante as investigações, agentes da PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, teriam encontrados provas de que o Instituto Ícones do Direito, empresa de Calves, mas que seria de Puccinelli Júnior, teria recebido recursos de propinas pagas pela JBS ao ex-governador.
Além da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que implicaram Puccinelli, Zeca do PT e Reinaldo Azambuja (PSDB) como supostos beneficiários de um esquema de propina, pessoas que seriam operadores do esquema junto ao governo de MS também fecharam acordos de delação premiada no âmbito da Lama Asfáltica.