G1/LD
ImprimirO médico-legista e perito do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica em Cotia, Grande São Paulo, Jorge Oliveira, terceira testemunha a depor nesta quarta-feira (30) no julgamento de Elize Matsunaga, afirmou que Marcos foi degolado vivo pela ex-mulher. Elize é acusada de matar e esquartejar o marido. "O sangue coagulado significa uma lesão em vivo", explicou.
Segundo Oliveira, Marcos respirava quando teve o pescoço cortado. Durante depoimento do médico, imagens do corpo da vítima foram exibidas no telão. Elize evitou olhar, e acompanhou com a cabeça baixa.
Ainda de acordo com o perito, o empresário morreu por aspirar o sangue da degola, e não pelo tiro. Ele ainda defendeu que o disparo na testa de Marcos foi feito de perto, pois havia mancha de pólvora no local do crime.
Parente da vítima
Pela manhã, a prima de Marcos Matsunaga, Cecília Nishioka, afirmou que o casal parecia apaixonado e tinha uma relação de união, segundo informações da GloboNews. Elize é acusada de matar e esquartejar o marido.
O julgamento de Elize começou na segunda-feira (28) no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, e está previsto para prosseguir até a próxima sexta-feira. Nesta quarta, mais cedo, o policial Fábio Luis Ribeiro, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), também depôs e disse que Elize não reagiu à prisão. Ribeiro investigou o caso à época do crime.
Cecília, que era amiga do casal, disse que só soube da traição de Marcos, o que Elize apontou como o motivo para o assassinato do marido, depois que o primo estava desaparecido. Ela contou que Marcos era amoroso com Elize e que a ré nunca havia lhe contado sobre maus tratos do marido e nem havia demonstrado ciúmes.
A prima de Marcos, que pediu que Elize fosse retirada da sala durante o seu depoimento, também disse ter medo da ré, quem ela classificou de "manipuladora". Segundo a testemunha, Elize falou sobre dinheiro com a sogra logo após saber da morte de Marcos e chegou a perguntar como ficariam as contas do marido.
Para o promotor José Cosenzo, depoimento da prima de Marcos reforça a tese de que Elize matou Marcos por dinheiro.
Elize é ré confessa do crime. O julgamento vai definir o tempo de pena que ela deverá cumprir. Ela responde por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, crueldade e sem chances de defesa, o que pode agravar a pena. Ela também responde por destruição e ocultação de cadáver.
Ao depor mais cedo, o investigador Fábio Ribeiro disse que Elize não esboçou reação quando partes do corpo do marido foram encontradas ou quando foi presa. "Durante a prisão, Elize estava calma e ficou quieta", disse o investigador. O policial também afirmou que o disparo contra Marcos foi dado a curta distância, contrariando versão de Elize.
O depoimento de Ribeiro nesta quarta teve pontos semelhantes ao do delegado Mauro Dias, responsável pelo indiciamento de Elize que depôs na terça-feira. Para ambos, Marcos Matsunaga foi morto por Elize assim que abriu a porta de casa, enquanto segurava pizza.
Segundo o depoente desta quarta-feira, Elize não esboçou reação quando partes do corpo do marido foram encontradas ou quando foi presa. "Durante a prisão, Elize estava calma e ficou quieta", disse o investigador. O policial também fez coro ao delegado ouvido na terça-feira e afirmou que o disparo contra Marcos foi dado a curta distância, contrariando versão de Elize.
Outras seis testemunhas já foram ouvidas: duas babás, um detetive, um delegado, o irmão da vítima e um funcionário da empresa Yoki. Além de Ribeiro e Cecília, faltam ser ouvidas outras 11 testemunhas, incluindo peritos que analisaram o local do crime e o corpo esquartejado de Marcos.
Elize é ré confessa do crime. O julgamento vai definir o tempo de pena que ela deverá cumprir. Ela responde por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, crueldade e sem chances de defesa, o que pode agravar a pena. Ela também responde por destruição e ocultação de cadáver.