\n \n A reunião no diretório do PMDB terminou sem consenso entre Junior\n Mochi (PMDB) e o atual presidente do PMDB, Esacheu Nascimento. Ao final da\n reunião os dois declararam que continuam as conversas, mas ninguém desistiu de\n ser o presidente do partido. Mochi diz que não aceita ser vice de Esacheu, que\n por sua vez afirma que tem o direito de disputar a reeleição. \n \n Ao final da reunião Mochi até tentou ser democrático, adotando o\n discurso de que o partido busca um sentimento de unidade e que vai tentar todas\n as possibilidades de consenso. Porém, o discurso acabou quando Mochi foi\n questionado se aceitaria ser vice de Esacheu. “Não. Não somos candidatos de nós\n mesmos. Tem todo um grupo e a decisão é coletiva”. \n \n Esacheu, por sua vez, reforçou que se vê no direito de disputar a\n eleição e está em defesa de vários líderes do interior do Estado, que defendem\n a continuidade do trabalho. Assim, sugeriu que Mochi continue como seu vice.\n “Trabalho por um consenso que me mantenha na presidência”, declarou Esacheu,\n ressaltando que é preciso garantir a participação de outras pessoas para que\n eles sintam-se partícipes do processo e trabalhem pelo partido nas campanhas. \n \n A disputa pelo diretório estadual levanta uma crise que persegue o\n partido desde que Edson Giroto (PMDB) não emplacou em Campo Grande. Boa\n parte dos filiados não engoliram o fato do governador André Puccinelli (PMDB)\n ter forçado a candidatura do amigo e nem participaram da campanha, apoiando, em\n alguns casos, adversários do PMDB. \n \n Soma-se a derrota em Campo Grande o fato de Puccinelli ter atendido a\n posições pessoais e indo contra o partido em alguns municípios. Em Ponta Porã o diretório\n chegou a pedir a expulsão de Puccinelli depois que ele, contrariando o que\n havia sido definido em campanha, pediu votos para o candidato do PSDB no\n horário eleitoral. Rachado, o PMDB divide-se entre os que preferem Junior\n Mochi, que atenderia as vontades dos mandatários, e Esacheu, que luta para\n escolhas mais democráticas, respeitando a vontade dos militantes. \n \n O secretário de Habitação, Carlos Marun, também participou da\n reunião no diretório. Ele avalia que o consenso já foi mais difícil, mas que\n hoje as coisas já começam a clarear. “Acredito no consenso, mas se isso não\n acontecer não é nenhuma tragédia. A disputa é natural e se acontecer vai ser em\n alto nível”. \n \n Marun afirma que não há veto a nomes, mas diz que Esacheu teria\n dificuldade de conseguir consenso para chegar à presidência, já que demonstrou\n clara preferência por Simone Tebet (PMDB) na disputa pelo Governo do Estado.\n Como ponto positivo para Esacheu, Marun destaca o bom trabalho realizado por\n ele no partido. \n \n A rejeição a Esacheu começou depois que ele fez uma avaliação de\n que o partido errou no processo de escolha do candidato em Campo Grande e que o\n prefeito Nelsinho Trad (PMDB) saiu enfraquecido da disputa, já que foi o\n coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). A derrota, na avaliação de\n Esacheu, torna a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) a candidata natural do\n partido ao Governo do Estado. \n \n Nelsinho não gostou das declarações e ameaçou abandonar o partido\n se não fosse o escolhido. Além disso, lançou a campanha contra o atual\n presidente, dizendo que uma reeleição de Esacheu significaria que o PMDB não o\n queria mais. As ameaças de Nelsinho provocaram uma resposta de Simone. A\n vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho,\n dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse\n escolhida. \n \n O prefeito ganhou o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), do\n deputado Carlos Marun e do irmão, Fábio Trad (PMDB), na defesa de uma\n oxigenação no partido. O pedido de oxigenação, por sua vez, não agradou\n Esacheu, que prontamente rebateu, avaliando que “as pessoas que falam em\n oxigenação estão expelindo gás metano”. nbsp;\n \n \n \n \n