Política
26/03/2014 09:00:00
MPF denuncia Noblat por racismo e injúria contra Joaquim Barbosa
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro aceitou a representação criminal do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa contra o jornalista Ricardo Noblat.
Terra/AB
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O\n Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro aceitou a \n representação criminal do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim \n Barbosa contra o jornalista Ricardo Noblat. A representação acusa o \n jornalista de racismo, difamação e injúria no texto "Joaquim Barbosa: \n Fora do Eixo", publicado no site do jornal O Globo. As penas previstas \n pelos crimes incluídos na denúncia podem somar até 10 anos de prisão. \n O MPF considerou o conteúdo do texto "manifestamente racista e \n ofensivo à honra funcional do ministro". Em outra decisão, a procuradora\n da República Lilian Guilhon Dore também determinou que a Infoglobo, \n empresa que publica o jornal O Globo, retire do ar a postagem em 24 \n horas, contadas do momento da notificação. \n Na denúncia, a procuradora aponta as razões dos crimes de \n difamação, injúria e racismo. E cita o seguinte trecho do texto de \n Noblat: "Para entender melhor Joaquim, acrescenta-se a cor - sua cor. Há\n negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma \n postura radicalmente oposta para enfrentar a discriminação". \n Sobre esse trecho, o MPF comenta: "Para o denunciado só existem \n dois tipos de negros, os que padecem do complexo de inferioridade e os \n autoritários". E, logo depois, conclui: "Assim sendo, a ação do \n denunciado, conscientemente voltada à incitação pública à discriminação \n racial e ao preconceito contra os negros em geral e contra o ofendido em\n particular, é manifestantemente dolosa e merece ser severamente \n punida". \n Para a procuradora, o crime é agravado pelo fato de o artigo \n estar disponível na internet e ter sido publicado em um jornal de grande\n circulação. "Tal postura, inclusive, prejudica a imagem do Poder \n Judiciário dentro da nossa democracia." \n O Terra entrou em contato com o jornalista Ricardo Noblat, mas ainda não obteve retorno.
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