\n \n As mulheres ocupam atualmente 11 das 78 prefeituras de Mato Grosso\n do Sul, além de 12 vices, número considerado ainda acanhado, porém, positivo\n para quem “há pouco tempo” não se destacava à frente do poder público e em\n outros setores da sociedade. \n \n Um dos argumentos é que a própria mulher na maioria das vezes não\n costuma buscar espaços na política a fim de postular cargos públicos. Outra\n versão é que poucos partidos cumprem lei que destina às mulheres 30% das vagas\n nas chapas de candidatos aos cargos majoritários e proporcionais. \n \n A prova de que a representação feminina é pequena pode ser vista\n não apenas em nível nacional, mas em Mato Grosso do Sul, onde dos 24 representantes do\n povo na Assembleia Legislativa, duas são mulheres – Dione Hashioka (PSDB) e\n Mara Caseiro (PTdoB), além de outras cotas mínimas espalhadas pelas Câmaras de\n Vereadores. \n \n Na Câmara de Campo Grande, por exemplo, apenas quatro mulheres\n atuam na Casa, que conta com 21 representantes: Magali Pucarelli (PMDB),\n Grazielle Machado (PR), Thais Helena (PT) e Professora Rose (PSDB). \n \n O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato\n Grosso do Sul), Jocelito Krug (PMDB), disse reconhecer que, apesar de a\n representação feminina na política ainda ser muito pequena, a mulher tem se destacado\n de forma efetiva à frente da administração pública nas três esferas de governo,\n sobretudo, com atribuições importantes nos poderes constituídos. \n \n Krug avalia que o Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado\n nessa quinta-feira (8), é importante e fundamental para se fazer uma reflexão\n sobre a participação feminina no cenário político e eleitoral de Mato Grosso do\n Sul, assim como em todo\n País. \n \n Segundo ele, não se pode negar a ascensão da mulher nesse sentido,\n mesmo ainda diante de tantos preconceitos. “A presença da mulher nas\n instituições atinge hoje um novo patamar de representação política e\n institucional”, observou Krug, lembrando que, além de ocupar cargos dos mais\n expressivos em Brasília, ela está presente nas bases administrando os municípios\n e atuando nas Câmaras de Vereadores. \n \n Três das 11 prefeitas ocupam cargos de direção na Assomasul, que\n são Eledir Barcelos (Santa Rita do Pardo), 2ª vice-presidente; Ilca Domingues\n (Nioaque), diretora de Relações Públicas; e Maria Odeth (Caracol), suplente do\n Conselho Fiscal. \n \n O presidente da Assomasul destacou como um dos grandes exemplos de\n sucesso na vida pública a vice-governadora Simone Tebet (PMDB), que administrou\n a cidade de Três Lagoas por dois mandatos. \n \n “Infelizmente, as mulheres ainda enfrentam a exclusão nos espaços\n de poder econômico, social e político, o que é absolutamente inaceitável no\n momento em que elas comprovaram que são capazes de gerir a administração\n pública como ninguém”, elogiou o dirigente, ao parabenizar principalmente as\n prefeitas sul-mato-grossenses pela data importante. \n \n No atual mandato são prefeitas: Lúcia Regina da Cruz (Antônio\n João), Maria Odeth (Caracol), Dinalva Mourão (Coxim), Marta Araujo (Eldorado),\n Ilda Machado (Fátima do Sul), Sandra Cassone (Itaquiraí), Ilca Corral Mendes\n Domingues (Nioaque), Doutora Maura (Pedro Gomes), Eledir Barcelos (Santa Rita\n do Pardo), Dona Vera (Taquarussu) e Márcia Moura (Três Lagoas). \n \n Atuam como vices as prefeitas Zélia Bonfim (Bataguassu), Marinalva\n de Souza Farias da Costa (Caarapó), Márcia do Chitão (Camapuã), Dinaci Ranzi\n (Dourados), Cleide do Cartório (Figueirão), Francelize da Costa Cordeiro\n (Itaporã), Tia Biel (Juti), Vânia Leite Faria Parize (Mundo Novo), Romilda\n Vilela (Novo Horizonte do Sul), Professora Dininha Garcia Gasperini\n (Paranaíba), Rosangela Silva Baptista (Porto Murtinho) e Tânia Mara Martins\n Cerveira (Rio Brilhante).