Segunda-Feira, 9 de Junho de 2025
Política
17/12/2013 09:00:00
Obrigatoriedade de freios ABS e airbag segue em 2014, diz Mantega
Ministro da Fazenda se mostra preocupado com emprego e inflação. Pode ser, entretanto, viabilizada uma "exceção" para a Kombi, diz Mantega.

Auto Esporte/PCS

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Volkswagen anunciou a aposentadoria da Kombi por não poder colocar nela os equipamentos obrigatórios (Foto: Flavio Moraes)
A\n obrigatoriedade de instalação de airbag e freios ABS em todos os carros novos\n foi mantida para o ano de 2014, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega,\n nesta terça-feira (17) após reunião com representantes dos trabalhadores e do\n setor automobilístico em Brasília.\n \n As resoluções 311 e\n 312 do Conselho Nacional de Trânsito, ambas de 2009, que determinam que estes\n acessórios de segurança deverm ser obrigatórios já a partir do ano que\n vem em todos carros fabricados no Brasil, portanto, continuam valendo.\n \n O possível adiamento da entrada em vigor da obrigatoriedade para instalação de airbag e freios ABS em 2014\n foi avaliado pelo governo, segundo o Ministério da Fazenda, por conta da\n preocupação com preço dos carros, que ficarão de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil mais\n caros, além do impacto no emprego do setor automobilístico - visto que algumas\n linhas de produção podem acabar. Entretanto, depois de discussão com\n representantes da indústria automobilísta, a regra que determina\n obrigatoriedade a partir de 2014 foi mantida.\n \n Segundo\n Mantega, o preço dos carros populares vai subir de 4% a 8% no ano que vem por\n conta da obrigatoriedade da instalação dos equipamentos de segurança\n obrigatórios. O ministro informou que pediu ainda que a indústria automotiva\n tente realocar os trabalhadores que poderiam perder o emprego com o eventual encerramento\n de algumas linhas de produção. Cálculos preliminares do setor automotivo\n indicam que poderia haver cerca de 4 mil demissões.\n \n Kombi
\n A obrigatoriedade de airbag e ABS, sistema que evita o travamento das rodas em\n frenagens bruscas, pode aposentar veículos que não podem ser adaptados às\n exigências. Um deles seria a Kombi, cujo fim da linha de produção foi anunciado em agosto passado.\n \n Porém, o\n ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que poderá haver uma\n "exceção" para a Kombi. "A Kombi terá de ser extinta. É onde\n poderá haver mais demissões. Mas poderemos criar excepcionalidade para a Kombi.\n Ela não é caminhonete, não é automóvel. É a Kombi. É um produto diferente e não\n tem similar. Nenhuma das empresas têm objeção que se dê uma exceção à Kombi\n para que possa sobreviver mais um ou dois anos. É algo que ainda vai ser\n analisado", declarou o ministro da Fazenda, que marcou outra reunião com a\n indústria automobilísta na próxima semana.\n \n Na época\n em que anunciou a despedida da Kombi, prevista para o próximo dia 20, a montadora\n lançou a série especial Last Edition, limitada a 1.200 unidades, que custa R$\n 85 mil -a versão tradicional custa cerca de R$ 47 mil.\n \n Testes de segurança
\n Testes de segurança independentes realizados pelo Latin NCap, braço\n latino-americano do Global NCAP, costumam atribuir notas baixas a carros que\n não possuem airbag.\n \n Entre os avaliados recentemente, o Chevrolet Agile e o Renault Clio, ambos\n testados sem airbag, tiveram 0 de 5 estrelas possíveis no quesito proteção de\n adultos. Ao G1, o Latin NCap diz que aguarda mais informações\n para se pronunciar sobre o possível adiamento da obrigatoriedade dos equipamentos\n de segurança.\n \n \n
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