\n \n Integrantes\n da oposição na CPI do Cachoeira vão pedir que o Ministério Público Federal abra\n inquéritos para investigar quatro governadores, dois deputados federais e um\n ex-dirigentes de empresa estatal que ficaram de fora do relatório final do\n deputado Odair Cunha (PT-MG). \n \n O\n pedido é um contraponto ao texto de Cunha, do qual os oposicionistas não\n concordam. A leitura do relatório ocorrerá nesta quarta-feira (21). \n \n O\n texto, ao qual a Folha teve\n acesso, pede o aprofundamento das investigações com relação aos governadores\n Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e\n Siqueira Campos (PSDB-TO). Cabral e Agnelo não serão citados no relatório de\n Cunha. \n \n O\n relator tentou ontem (20) convencer a oposição a não encaminhar o pedido à\n Procuradoria prometendo uma "pizza apimentada". A iniciativa é dos\n senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e dos deputados\n Rubens Bueno (PPS-PR) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) que mantiveram a decisão. \n \n No\n texto da oposição, Cabral é citado como "suspeito de favorecer a Delta\n Construções em diversos contratos celebrados com o governo estadual." Os\n crimes seriam de prevaricação, condescendência criminosa e emprego irregular de\n verbas ou rendas. \n \n O\n governador nega qualquer relação com o esquema Cachoeira. O PMDB impediu, com o\n apoio do PT, que Cabral fosse convocado a depor. Um dos episódios que marcaram\n a CPI foi o flagra pela imprensa de um torpedo enviado pelo deputado Cândido\n Vaccarezza (PT-SP) para Cabral na qual dizia: "Você é meu nós somos teu\n (sic)." \n \n Sobre\n Agnelo, os oposicionistas afirmam na ação que ele é citado nas interceptações\n telefônicas como "magrão" ou "zero um". \n \n Na\n ação, pedem que seja investigado por prevaricação, condescendência criminosa,\n evasão de divisas, corrupção passiva, formação de quadrilha, emprego irregular\n de verbas ou renas públicas, entre outros. \n \n Agnelo\n depôs na CPI, deixou o plenário aplaudido pelos parlamentares e negou qualquer\n relação com Cachoeira. \n \n O\n pedido para que Perillo seja investigado, que também irá constar do relatório\n de Odair Cunha, provocou um racha na oposição. O PSDB se recusou a assinar.\n Perillo nega ter proximidade com Cachoeira. Ele é acusado de lotear o seu\n governo com indicações de Cachoeira. \n \n O\n sócio majoritário da Delta, Fernando Cavendish, também está entre os alvos da\n oposição porque, dizem, "existem indícios de que determinava as práticas\n utilizadas pela organização Cachoeira para conseguir contratos com o poder\n público".O relatório de Odair Cunha também pede o indiciamento dele. \n \n A\n ação elenca ainda os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Junior\n (PP-GO), flagrados pela Operação Vegas, da Polícia Federal, fazendo negócios\n com Cachoeira. Junior não foi ouvido pela CPI. Os dois negam. \n \n A\n oposição irá pedir ao Ministério Público Federal que aprofunde investigações\n sobre declarações do ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, à CPI do\n Cachoeira de que pediu dinheiro para empreiteiros financiarem a campanha da\n presidente Dilma Rousseff, em 2010. \n \n \n \n \n