Política
14/02/2014 06:48:58
Pactos de Dilma em resposta aos protestos de junho não avançam
Pouco mais de seis meses depois de a presidente Dilma Rousseff ter lançado seus cinco pactos em resposta às manifestações de junho, o governo amargou mais fracassos do que vitórias em suas ações.
Folha/PCS
Imprimir
Pouco\n mais de seis meses depois de a presidente Dilma Rousseff ter lançado seus cinco\n pactos em resposta às manifestações de junho, o governo amargou mais fracassos\n do que vitórias em suas ações. \n \n De todos\n eles -saúde, reforma política, responsabilidade fiscal, educação e mobilidade\n urbana- apenas o Mais Médicos, fruto do pacto pela saúde, saiu do papel. \n \n A medida\n já vinha sendo planejada pouco antes das manifestações. São hoje 9.500 médicos\n atuando no programa, dos quais cerca de 7.400 são cubanos. \n \n Já a\n reforma política é o principal fracasso do governo. O pacto previa um\n plebiscito sobre temas como financiamento de campanha, voto secreto no\n Legislativo e mudanças nas eleições. \n \n Não houve\n tempo para viabilizar as mudanças antes das eleições deste ano. A proposta\n perdeu força e não há perspectiva de que o Congresso volte ao tema em 2014. \n \n Quanto ao\n pacto pela mobilidade urbana, Dilma casou duas estratégias: anunciou\n investimentos e pediu reuniões de acompanhamento das tarifas nas capitais. \n \n Segundo o\n Planalto, já foram investidos R$ 143 bilhões na área desde então. Os\n resultados, porém, só devem ser sentidos a partir de 2015. \n \n Quanto às\n reuniões de acompanhamento, foram poucos os resultados. Coube à Frente Nacional\n dos Prefeitos orientar a abertura das planilhas de transporte nas cidades, mas\n várias já aprovaram reajustes neste ano. \n \n O pacto\n pela educação foi pautado pela aprovação do repasse de parte dos royalties do\n petróleo. No ano passado, eram estimados R$ 770 milhões. Em setembro, o então\n ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o dinheiro terá efeito mais\n concreto em "seis ou sete anos". \n \n Mesmo defendendo a austeridade, Dilma não\n conseguiu passar a imagem de robustez fiscal. A presidente precisou ir a Davos,\n na Suíça, em janeiro, afirmar que as despesas do governo estão "sob\n controle" e que houve "melhora das contas públicas".
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias