G1/LD
ImprimirA família da vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março na região central do Rio de Janeiro, se reuniu com o chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, na tarde desta segunda-feira (16). O encontro, que começou por volta das 14h15, foi para explicar o andamento das investigações sobre a morte da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a arquiteta Monica Tereza Benício, companheira da vereadora, chegaram juntos para a reunião. Os pais e a filha da vereadora também participaram do encontro.
Monica disse aos jornalistas que a família e amigos presentes se sentiram reconfortados depois da conversa com Rivaldo Barbosa.
“Saímos da reunião um pouco mais acalentados”, disse
Nesta segunda-feira (16), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a principal linha de investigação sobre a autoria do crime é o envolvimento de milícias. Após o encontro com os parentes da vereadora, porém, o chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, não comentou as afirmações do ministro.
"A polícia civil do Rio de Janeiro só vai se manifestar sobre a autoria do crime ao final do inquérito", afirmou.
Segundo ele, porém, a Polícia Civil já entendeu "grande parte do cenário do crime", mas faltam ainda alguns "procedimentos", disse.
Crime completou 1 mês
No último sábado (13), a morte de Marielle e Anderson completou 1 mês. Criminosos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Ela foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça.
A única sobrevivente, uma assessora da vereadora que estava no carro e tem o nome mantido em sigilo, deixou o país com a família por medo de represálias.
Desde a morte de Marielle e Anderson, atos pedindo justiça e a apuração dos fatos têm acontecido em vários pontos do país.
O Disque Denúncia já recebeu, até às 10h55 desta segunda-feira, 102 denúncias relativas ao caso da vereadora Marielle Franco.