G1/LD
ImprimirO pedido de demissão de Bruno Araújo do Ministério das Cidades levou o presidente Michel Temer a pensar em uma reforma ministerial ampla.
Com isso, Temer pretende substituir até 15 de dezembro todos os ministros que serão candidatos nas eleições do ano que vem.
Na prática, a saída de Bruno Araújo fez Temer antecipar a reforma ministerial.
Por isso, o presidente já começou as conversas com os partidos para fazer as substituições.
Na tarde desta segunda, por exemplo, Temer se reuniu com o senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
A legenda reivindica o Ministério das Cidades e, com a saída de Bruno Araújo, um dos nomes cotados para assumir a pasta é o do presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi.
Occhi já comandou o ministério, no governo Dilma Rousseff.
O que será levado em conta
Segundo assessores do Planalto, com a antecipação da reforma ministerial, Temer vai levar em conta não só a composição de maioria no Congresso, mas, também, reunir mais votos para aprovar a reforma da Previdência e a composição partidária com vistas às eleições de 2018.
A avaliação de assessores de Temer é a de que o PSDB, ao precipitar a saída do governo, parte isolado para as eleições do ano que vem. Isso porque o PMDB de Temer quer ser um polo aglutinador de apoios.
O partido, no entanto, não tem um nome natural para lançar a disputa doando que vem.
Uma possibilidade pode ser Henrique Meirelles, hoje no PSD. Mas qualquer citação do nome de Meirelles reflete negativamente na agenda parlamentar do governo.