\n \n O\n governador Marconi Perillo (PSDB-GO) recebeu denúncia formal anônima em seu\n gabinete sobre um eventual esquema do empresário Carlinhos Cachoeira em seu\n governo dez dias antes de jantar com o próprio empresário, na casa do senador\n Demóstenes Torres (sem partido-GO). \n \n O\n tucano disse não saber qual foi o destino da denúncia recebida em seu gabinete\n e que apontava a existência de um esquema comandado por Carlinhos Cachoeira no\n Detran de Goiás. O documento foi apresentado pelo relator da CPI, deputado\n Odair Cunha (PT-MG). \n \n O\n governador se mostrou surpreso com a informação. Antes, Perillo havia dito que\n nunca tinha recebido qualquer denúncia contra ações de Edivaldo Cardoso,\n ex-presidente do Detran e interlocutor frequente de Cachoeira. Segundo a PF,\n Cardoso era da cota de Cachoeira no governo Perillo. O tucano nega. \n \n Segundo\n Odair Cunha, uma denúncia anônima foi protocolada no gabinete de Perillo no dia\n 25 de abril de 2011. O documento afirmava, segundo o relator, que Cachoeira\n estava "armando esquema para ganhar de forma fraudulenta todos os sistemas\n controlados pelo Detran". O denunciante alertava ao governador para o\n risco de o caso "enlamear" seu governo. \n \n Perillo,\n em seguida, disse que todas as denúncias que chegam ao seu gabinete são\n encaminhadas automaticamente para apuração da Controladoria-Geral do Estado.\n Perillo afirmou que não sabe qual foi o resultado dessa eventual apuração, e\n afirmou que verificaria. \n \n Dez\n dias depois do registro da denúncia por uma funcionária de seu gabinete,\n Perillo jantou na casa de Demóstenes Torres, com a presença de Cachoeira. Na\n ocasião, afirmou Perillo à CPI, disse que Cachoeira apresentou demandas por\n incentivos fiscais para o laboratório farmacêutico Vitapan. No encontro, também\n segundo o governador, os presentes trataram de uma possível candidatura de\n Demóstenes à Prefeitura de Goiânia.