Domingo, 20 de Abril de 2025
Política
23/08/2014 06:50:48
PF busca documentos de empresas no RJ vinculadas a preso na Lava Jato
Polícia Federal quer ouvir sócio do genro de ex-diretor da Petrobras. Paulo Roberto Costa estaria disposto a fazer delação premiada no caso.

G1/PCS

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Agentes chegam à sede da PF às 12h30 com documentos apreendidos (Foto: Henrique Coelho / G1)
A Polícia\n Federal fez nesta sexta-feira (22) uma ação no Rio de Janeiro de continuidade\n da Operação Lava Jato, que desarticulou um esquema bilionário de lavagem de\n dinheiro. O objetivo é recolher documentos de 12 empresas vinculadas a Paulo\n Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras preso por suspeita de\n envolvimento nos crimes, e aos familiares deles.
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\n No mesmo dia da ação no Rio de Janeiro, uma nova advogada assumiu a defesa do\n ex-diretor da Petrobras. Beatriz Catta Preta substituiu o advogado Nélio\n Machado. A nova defesa confirmou\n ao Jornal da Globo que Costa quer propor uma delação premiada sobre os fatos\n investigados pela Operação Lava Jato. Ao G1, Catta Preta afirma que ainda não\n há um acordo sobre isso, já que ela ainda vai analisar os autos. A Polícia Federal em Brasília e o\n Ministério Público Federal também haviam negado que houvesse qualquer acordo de\n delação com o ex-diretor da Petrobras.
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\n "Como atuei em vários casos de delação premiada, as pessoas ligaram isso à\n minha entrada no caso, mas não há nenhum acordo a respeito", afirmou\n Beatriz. O G1 também conversou com o advogado Nélio Machado. Ele\n informou que o desejo da delação premiada já vinha sendo cogitado pela família\n de Costa, mas que a defesa anterior não considerava a hipótese.
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\n Paulo Roberto Costa é acusado de participar de um esquema de desvio de verbas\n da Petrobras e de chefiar, ao lado do doleiro Alberto Youssef, uma quadrilha\n que pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões ilegalmente. Ele está preso\n desde março, na sede da Polícia Federal de Curitiba. \n \n Operação\n no Rio
\n Agentes da PF cumpriram, durante a manhã desta sexta, 11 mandados de busca e\n apreensão e um de coerção coercitiva – quando a pessoa não é presa, mas é\n obrigada a prestar depoimento. Marcelo Barboza Daniel, sócio do genro de Paulo\n Roberto Costa, será ouvido, por supostamente ter emprestado dinheiro a ele. Os\n recursos foram apreendidos na casa do ex-diretor da Petrobras, na operação\n Lava Jato.\n \n Sócio\n está no exterior
\n Segundo a PF, Barboza está nos Estados Unidos e se comprometeu a se apresentar\n assim que retornar ao Brasil para prestar esclarecimentos. O advogado de Paulo\n Roberto Costa, Nélio Machado, disse à GloboNews que não havia tomado\n conhecimento da operação.\n \n De acordo\n com o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), a ação busca provas de que\n empresas registradas em nome terceiros poderiam estar sendo utilizadas por\n Paulo Roberto Costa no recebimento de valores de construtoras e empresas do\n setor petroquímico que celebraram contratos com a Petrobras.\n \n Por volta\n das 12h30, policiais federais chegaram à sede da PF na Praça Mauá, Zona\n Portuária, com malotes de documentos apreendidos na operação.\n \n Repasses\n de R$ 2,9 milhões
\n Segundo nota enviada pela Procuradoria, foi constatado que Paulo Roberto Costa\n teria recebido um empréstimo de R$ 1,9 milhão de Marcelo Barboza Daniel em\n 2013. Também foi verificado que Humberto Sampaio de Mesquita, genro de Paulo\n Roberto Costa, declarou em 2012 ter recebido doação de R$ 1 milhão de Barboza.\n \n Ainda de\n acordo com o MPF, várias empresas de consultoria de Barboza e Humberto, sendo\n uma de sociedade entre os dois, seriam sediadas no mesmo endereço, em um\n shopping na Barra da Tijuca, e seus clientes consistiriam basicamente em\n construtoras contratadas para a realização de obras pela Petrobras e por\n empresas do setor petroquímico. De acordo com a investigação, o suposto\n empréstimo e a doação poderiam servir para justificar o repasse de valores de\n propina para Paulo Roberto Costa.\n \n Segundo a Polícia\n Federal, esta é a\n sexta fase de diligências ostensivas da ação e medidas foram requeridas ao\n juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da Força Tarefa do\n Ministério Público Federal, em trabalho conjunto com a PF.\n \n A\n operação
\n Deflagrada em 17 de março pela\n Polícia Federal (PF), a\n operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de\n divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10\n bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro\n especializado no mercado clandestino de câmbio.
Os suspeitos, informou a\n polícia, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de\n ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em diferentes crimes.\n Entre os delitos cometidos pelos supostos "clientes" do esquema estão\n tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação\n fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios\n de recursos públicos.\n \n A Lava Jato prendeu, entre outras pessoas, o\n ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito\n de receber propina do esquema de corrupção, e o doleiro paranaense Alberto\n Youssef, que tem\n fortes ligações no meio político.\n \n Petrobras
\n As investigações da Polícia Federal revelaram uma suposta ligação entre o\n ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa com o esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro\n Alberto Yousseff. Costa admitiu à polícia que recebeu um carro de luxo avaliado\n em R$ 250 mil do doleiro, mas alegou que o veículo foi dado em pagamento por um\n serviço de consultoria.
Costa disse que já estava aposentado da Petrobras à época do recebimento do carro.\n No entanto, ele reconheceu que conhecia Youssef do período em que ainda estava\n na estatal brasileira. Costa foi preso em 20 de março enquanto destruia\n documentos que podem servir como provas no inquérito.\n \n \n
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