Sábado, 23 de Novembro de 2024
Política
19/11/2014 10:16:00
Prefeito é afastado por fraude em merenda escolar; ele deixa o cargo pela 2° vez
A suspensão de 180 dias foi uma decisão da 1° Vara de Cassilândia, segundo a a prefeitura.

CGNews/LD

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Pela segunda vez, em menos de um mês, o prefeito de Cassilândia, Carlos Augusto da Silva (DEM), foi afastado judicialmente do cargo por envolvimento em fraudes com a merenda escolar, de acordo com inquérito civil instaurado pelo MPE (Ministério Público Estadual). A suspensão de 180 dias foi uma decisão da 1° Vara de Cassilândia, segundo a a prefeitura. O vice-prefeito Marcelino Pelarim assumiu ontem (18), logo após o afastamento.

Segundo a investigação, Silva está envolvido na compra de carne de qualidade inferior, no entanto, declarando o preço dos melhores cortes. O alimento era destinado à merenda das escolas municipais. Conforme a prefeitura, existem outros 14 processos contra o prefeito Carlos Augusto, entre eles desapropriação e contratos fraudulentos.

O crime envolvendo a merenda escolar é investigado há dois anos pelo MPE, segundo a própria prefeitura.

Segunda vez - No começo de novembro, a Justiça Federal de Três Lagoas determinou o afastamento de Carlos Augusto por tempo indeterminado para apurar a prática de improbidade administrativa. A decisão foi em caráter liminar e cabia recurso.

O MPF (Ministério Público Federal) ingressou, em setembro, com uma ação pedindo que ele prestasse informações durante o trâmite dos inquéritos civis instaurados na Procuradoria da República de Três Lagoas. No entanto, o prefeito de Cassilândia não cedeu as informações, obstruindo o desempenho das funções institucionais do MPF prejudicando a atuação ministerial na defesa de interesses difusos e coletivos dos cidadãos de Cassilândia.

Caso Carlos Silva não atendesse ao pedido de informações ele seria afastado do cargo no prazo de seis meses até que os dados fossem divulgados.

De acordo com o MPF, as condutas do prefeito se caracterizaram dolosas diante do conhecimento inequívoco por parte de Carlos Silva e da persistência da omissão por mais de um ano, sem qualquer apresentação de justificativa plausível para o não fornecimento das informações pedidas.

Carlos foi reeleito em 2012 como prefeito de Cassilândia.

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