Correio do Estado/AB
ImprimirOs 15 presos na 2ª fase da Operação Lama Asfáltica estão sendo interrogados na sede da Polícia Federal em Campo Grande e, depois disso, serão encaminhados para uma unidade prisional. A assessoria de imprensa da PF, porém, informou que há possibilidade de que os detidos passem a noite na delegacia e sejam transferidos nesta quarta-feira (11).
A segunda fase da Operação Lama Asfáltica teve como foco o crime de lavagem de dinheiro, tendo em vista que investigados teriam ocultado patrimônio decorrente de fraude de licitações. Mecanismo utilizando era o de constituir empresa no nome de familiares e pessoas de confiança para torná-la lícita, adquirindo assim fazendas e imóveis urbanos.
Foram presos hoje:
André Luiz Cance - secretário-adjunto de Fazenda
Ana Cristina Pereira da Silva – ex-esposa de André Luiz Cance
Edson Giroto – ex-deputado federal e ex-secretário de obras
Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto – esposa de Giroto
João Amorim – empreiteiro dono da Proteco
Ana Paula Amorim Dolzan – filha de Amorim
Ana Lúcia Amorim – filha de Amorim
Renata Amorim Agnoletto – filha de Amorim
Elza Cristina Araújo dos Santos – secretária e sócia de Amorim
Flávio Henrique Garcia – empresário
Wilson Roberto Mariano de Oliveira (Beto Mariano)– ex-diretor e fiscal da Agesul, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba
Mariane Mariano de Oliveira- filha de Beto Mariano, ela tem fazenda em Rio Negro investigada na operação
Maria Wilma Casanova – ex-diretora presidente da Agesul
Hélio Yudi Komiyama – ex-gerente de obras viárias da Agesul
Evaldo Furrer Matos – proprietário de fazenda
FAZENDAS DE LAMA
O nome faz referência a compra de imóveis rurais com o recurso desviado, esta fase tem por foco a ocorrência de crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Os envolvidos criavam empresas de pequeno porte em que doavam cerca de 80% do suposto faturamento de R$ 1,7 milhão a título de lucro. Esse recurso era usado para compra dos imóveis rurais e urbanos.
Hoje foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 sequestros de bens de investigados. O valor global sob suspeita chega a R$ 2 bilhões, sendo que desse montante, R$ 44 milhões já foram identificados como desviados.
Durante a segunda fase da Operação Lama Asfáltica foram apreendidos US$ 10 mil, quantia em real ainda não determinada, computadores e mídias.