\n \n Em conversa com o comando da CPI do Cachoeira, o procurador-geral da\n República, Roberto Gurgel, recusou o convite para falar sobre o inquérito que\n investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido- GO) e as relações do\n empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, com políticos e agentes privados.\n \n \n Segundo o presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), Gurgel alegou\n ter impedimentos técnicos para comparecer e informou que as investigações não\n estão concluídas. \n \n No entendimento do Ministério Público Federal, Gurgel não poderia participar\n da CPI como testemunha, uma vez que terá que oferecer a denúncia ao STF\n (Supremo Tribunal Federal) sobre o inquérito que investiga o caso. \n \n Vital afirmou que a recusa não descarta totalmente a presença de Gurgel na\n comissão que pode ser convocado, o que torna o comparecimento obrigatório e\n ouvido em sessão secreta. A CPI já recebeu requerimentos convocando Gurgel a\n falar sobre as apurações. \n \n "Essa decisão não afasta a possibilidade de convocação. Eu expliquei ao\n procurador que a minha visita foi institucional, mas tem uma solicitação de\n convocação." \n \n E completou: "a CPI entende que qualquer cidadão tem o dever de\n depor", disse. \n \n Gurgel, porém, teria se comprometido a manter um canal de diálogo com a CPI.\n \n \n Além de ouvir Gurgel, o comando da CPI quer ouvir delegados envolvidos nas\n operações Monte Carlo e Las Vegas que investigam as relações Cachoeira, com\n políticos e agentes privados. \n \n Eles vão pedir ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) que libere os\n delegados. A ideia é que sejam ouvidos em sessão secreta para evitar exposição.