Política
07/10/2013 09:00:00
Procuradoria da Câmara dá parecer favorável a processo de cassação de Bernal
A denúncia preencheu todos os requisitos, anunciou o coordenador-geral do apoio jurídico, Fernando Miceno Pineiz. Eles apresentaram os documentos pessoais, comprovaram quitação eleitoral, narraram fatos e apresentaram documentos para sustentar o pedido, detalhou.
CGNews/PCS
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Depois de rejeitar dois pedidos para abrir comissão processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP), a procuradoria jurídica da Câmara Municipal acolheu, nesta segunda-feira (7), proposta dos produtores rurais Luiz Pedro Gomes Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho para processar o prefeito por contratação irregular de três empresas. A denúncia preencheu todos os requisitos, anunciou o coordenador-geral do apoio jurídico, Fernando Miceno Pineiz. Eles apresentaram os documentos pessoais, comprovaram quitação eleitoral, narraram fatos e apresentaram documentos para sustentar o pedido, detalhou. Ainda de acordo com Pineiz, os produtores rurais acusam Bernal de desrespeitar os incisos sétimo, oitavo e décimo do artigo quarto do decreto 201/67 na contratação emergencial de três empresas. O artigo citado na denúncia elenca justamente as infrações político-administrativas dos prefeitos, sujeitas ao julgamento pela Câmara e sancionadas com a cassação do mandato. Entre os supostos crimes praticados por Bernal, os denunciantes citam pratica, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática; omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do município e proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. Na visão dos produtores rurais, Bernal não observou esses dispositivos na contratação emergencial da Jagás, Salute e MegaServ. As empresas foram alvos de investigação da CPI do Calote, que acusou a prefeitura de forjar emergência para contratá-las. O pedido de comissão processante é um desdobramento da CPI, com foco na contratação irregular, disse o procurador jurídico da Câmara. Segundo ele, a tendência é a Mesa Diretora colocar em pauta o pedido dos produtores rurais na sessão desta terça-feira (8). Para instaurar o processo, é necessária a aprovação de 20 dos 29 vereadores. Negados Os dois primeiros pedidos de abertura de comissão processante foram negados pelos vereadores, com base no parecer da procuradoria da Câmara. Na primeira ocasião, a recusa ocorreu porque a proposta não partiu de pessoa física, requisito exigido por lei. No segundo caso, a proposta partiu do presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa. Ele acusou o prefeito de apropriação indébita de cerca de R$ 700 mil da entidade, referentes ao imposto sindical e a mensalidade paga pelos servidores municipais. A maioria dos vereadores, porém, acompanhou o parecer da procuradoria jurídica da Câmara, que entendeu que o pedido perdeu o objeto, após a prefeitura informar, por meio de ofício, ter depositado em juízo o dinheiro do sindicato.
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