\n \n Depois\n do fracasso na tentativa de emplacar um plebiscito sobre a reforma política\n proposto pela presidente Dilma Rousseff na esteira das manifestações de junho,\n as bancadas de PT, PSB, PDT e PC do B decidiram tomar um gesto político de\n levar à frente a tentativa de viabilizar algum plebiscito, ainda que\n desfigurado em relação à proposta original e sem qualquer consenso com o PMDB e\n outros partidos aliados. \n \n Os\n líderes destes partidos convocaram a imprensa na tarde desta quarta-feira (14)\n para anunciar o início da coleta de 171 assinaturas, o mínimo necessário para\n iniciar a tramitação de um Projeto de Decreto Legislativo de Plebiscito. \n \n Somados,\n esses partidos têm 154 deputados. Portanto, considerando que todos seus\n integrantes assinariam o pedido de plebiscito, ainda faltaria a adesão de\n outros 17 deputados federais. E, ainda que essas assinaturas sejam alcançadas,\n a tramitação de um pedido demandaria muito debate. \n \n "Nós\n vamos para a luta", disse o líder do PT, José Guimarães (CE). Segundo ele,\n o objetivo é conseguir as assinaturas até o fim de agosto. "O Congresso\n não pode deixar de fazer a reforma política." \n \n Pelo\n plebiscito proposto pelos quatro partidos, serão três questões levadas à\n avaliação popular: o modelo de financiamento de campanhas; a possibilidade de\n participação da população via internet em projetos de lei de iniciativa\n popular; e coincidência de eleições, em que a escolha de vereadores a\n presidente da República ocorreriam ao mesmo tempo. \n \n Não\n há chance de as regras que impactam nos processos eleitorais serem alteradas a\n tempo das eleições de 2014. \n \n Plebiscito \n \n A\n ideia do plebiscito surgiu pouco depois de proposta original de Dilma, a\n realização de uma Assembleia Constituinte, ser criticada por opositores e\n aliados da petista. \n \n O\n governo chegou a enviar um documento ao Congresso com sugestão de perguntas que\n poderiam ser feitas à população. Depois disso, o caso passou a ser estudado\n pelo Legislativo, mas não há garantias de que ele saia do papel.\n \n \n