\n \n O governador André Puccinelli (PMDB) publicou nesta sexta-feira\n (12) um decreto que tem, segundo ele, a finalidade de garantir transparência\n com os gastos públicos. O decreto de Puccinelli atinge, principalmente, os\n 1.900 servidores que ocupam cargos políticos no Governo do Estado. Porém,\n caberá a estes servidores, decidir se cumprem ou não a ordem do governador. \n \n Na nota divulgada à imprensa o governador explica que os\n servidores serão convidados, o que não significa que são obrigados. “Todos os\n servidores comissionados serão convidados a abrir seus sigilos fiscal e\n patrimonial para a administração estadual. Os que aceitarem terão seus nomes\n divulgados no Diário Oficial do Estado”, diz a nota publica pelo Governo. \n \n Já no decreto o governador diz que os comissionados deverão, no\n ato da nomeação, manifestar, por escrito, o interesse em abrir seus sigilos\n patrimonial e fiscal para a Administração Pública Estadual. “Na manifestação de\n interesse de que trata o caput, deverá conter a autorização expressa do servidor\n para que se dê publicidade da sua opção, no Diário Oficial do Estado”. Porém,\n não há informações se o servidor será ou não obrigado a publicar e muito menos\n se a determinação serve para os que já ocupam os cargos. \n \n Os servidores comissionados de Puccinelli representam, segundo\n dados divulgados pelo Governo do Estado ao Instituto Brasileiro de Geografia e\n Estatística (IBGE), 3,5% do total de 54.305 funcionários do Estado, que ocupa o\n 14º lugar entre os governadores com o maior número de comissionados. \n \n Puccinelli também se comprometeu a divulgar a remuneração dos\n servidores públicos estaduais ocupantes de cargo em comissão do Poder Executivo\n Estadual. Todavia, não divulgou se informará a carga horária ou documento que\n comprove se o funcionário cumpre ou não a jornada de trabalho. \n \n O governador André Puccinelli já admitiu ao Midiamax\n que paga no mínimo R$ 3,8 mil para cargos comissionados trabalharem com jornada\n de apenas quatro horas diárias. “Existe com produtividade e sem produtividade.\n Com expediente de 8 horas, de 4 horas. Têm vários. Vai de R$ 3,8 mil, como\n mínimo, até R$ 7 mil como máximo bruto”, justificou.nbsp;Ele também já\n declarou que o cargo é político e que os comissionados não precisam "estar\n com o bumbum" na cadeira para trabalhar.nbsp; \n \n A lista de comissionados de Puccinelli é extensa e abriga vários\n aliados desempregados na eleição de 2012. Integram a lista de comissionados:\n ex-secretários de Nelsinho Trad (PMDB), Rodrigo Aquino e Paulo Nahas,\n ex-diretor da Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande, Lúcio\n Murilo Fregonese Barros, ex-diretor da Central de Compras, Bertholdo Figueiró\n Filho; ex-prefeitos: Dirceu Lanzarini e Eraldo Jorge leite, bem como candidatos\n a vereador derrotados, Magali Picarelli, Mariano Cabreira e Waldemir Poppi.\n \n \n \n \n