\n \n O prefeito de Campo\n Grande, Alcides Bernal (PP), está enfrentando um verdadeiro embate com a Câmara\n desde que foi eleito. Ele iniciou a administração com nove aliados e não\n ampliou este número, conseguindo, inclusive, perder o pouco que tinha\n conquistado. \n \n Durante oito meses\n de administração o prefeito não mostrou muita preocupação com a base na Câmara\n e foi levando, aos trancos e barrancos. Ele só acordou agora, após nove meses,\n quando a Câmara mostrou que não está de brincadeira e pode abrir uma comissão\n processante para cassá-lo. \n \n Irritados com o\n prefeito, os vereadores foram acumulando denúncias e agora prometem abrir uma\n comissãonbsp;com vários motivos que justificam o afastamento. A ameaça fez\n Bernal acordar e perceber que se não conquistar aliados, pode ver o mandato\n chegar ao fim antes de completar um ano de administração. \n \n Para não ser\n afastado na próxima semana, Bernal precisa de pelo menos 10 aliados, já que 20\n votos são suficientes para afastá-lo e depois cassá-lo, caso a comissão\n processante entenda que ele cometeu ilegalidades. A luta pela sobrevivência\n está gerando uma verdadeira guerra entre oposição e aliados de Bernal para ver\n quem consegue mais vereadores. Nesta guerra, os parlamentares que estão “em\n cima do muro” podem ser decisivos para a salvação ou cassação do prefeito. \n \n A lista de\n vereadores que serão decisivos para o futuro de Bernal inclui os vereadores:\n Waldecy Chocolate (PP), Rose Modesto (PSDB), Carlão (PSB), Juliana Zorzo (PSC),\n Paulo Pedra (PDT), Alceu Bueno (PSL), Dr. Jamal (PR), Coringa (PSD) e até o\n peemedebista Edil Albuquerque (PMDB). \n \n Chocolate e Rose\n Modesto são considerados base do prefeito, mas não estão satisfeitos com a\n administração. Rose já disse que pode votar favorável a comissão processante\n para que a Câmara faça uma investigação, o que não significa que depois será a\n favor da cassação. Já Chocolate não conversa com o prefeito e anunciou que pode\n sair do partido antes do dia 5 de outubro, quando fecha a janela para troca de\n siglas. \n \n Os vereadores\n Carlão, Juliana Zorzo e Paulo Pedra estão no grupo dos chamados\n “independentes”. Carlão e Pedra já ensaiaram uma aproximação com Bernal, mas\n não fecharam acordo porque o prefeito se recusou a oferecer espaço para os\n partidos. Já Juliana Zorzo declarou que seguirá independente para não correr o\n risco de ter que votar a favor de irregularidades ou contra o prefeito, apenas\n por ser da oposição. \n \n Os vereadores Alceu\n Bueno, Dr. Jamal, Coringa e Edil Albuquerque são considerados oposiçãonbsp;\n pela ala que é contra o prefeito, mas possuem histórico que deixa muita gente\n com dúvida sobre o voto na hora decisiva. Alceu Bueno e Jamal são suspeitos\n porque já participaram do “G6”, criado para ajudar Bernal. Já os vereadores\n Coringa e Edil são considerados aliados pelo prefeito Alcides Bernal. Edil nega\n aliança com o prefeito. Já o vereador Coringa afirma que é independente e\n seguirá o pedido da população, que o elegeu. \n \n Na luta pela\n sobrevivência, Bernal conta com nove vereadores que podem mudar o rumo da\n história e oito aliados: Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Gilmar da Cruz\n (PRB), Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza (PP), João Rocha (PSDB) e Edson Shimabukuro\n (PTB). Já a oposiçãonbsp;acreditanbsp;nosnbsp;votos dos vereadores Paulo\n Siufi (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Mário César (PMDB), Vanderlei Cabeludo\n (PMDB), Grazielle Machado (PR), Elizeu Dionízio (PSL), Chiquinho Telles (PSD),\n Delei Pinheiro (PSD), Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Eduardo Romero\n (PTdoB), e Airton Saraiva (DEM).\n \n \n