Correio do Estado/AB
ImprimirA senadora por Mato Grosso do Sul Simone Tebet (PMDB) afirmou nesta segunda-feira (18) que é "provável" que integre a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado.
A autorização para prosseguimento ao processo foi entregue nesta segunda à tarde pela Câmara a Renan Calheiros (PMDB), presidente da Casa. Por isso, os documentos precisam obrigatoriamente serem apresentados na sessão desta terça-feira (19).
No andamento do processo, os senadores terão 48 horas para montar a comissão, definir o presidente e o relator. "O rito agora é muito rápido. Depois de definido o relator, há prazo de 10 dias para apresentar o parecer. O que está sendo discutido agora se esses prazos serão dias corridos ou não. Pelo meu entendimento e analisando o regimento interno, são dias corridos", disse Simone Tebet.
Waldemir Moka (PMDB) comentou reserva ao líder do partido a definição dos integrantes da comissão. "Não vou pedir para participar. Se me indicarem, vou, claro."
Ele afirmou que dificilmente o Senado deve barrar o impeachment porque desde a Câmara foram apresentados motivos fortes de improbidade administrativa. "Eu voto sim agora (para aceitação do processo) e no final da análise (depois do julgamento)", garantiu.
Delcídio do Amaral (sem partido), ex-líder do governo e autor de delação na Justiça, disse em entrevista ao SBT no domingo (18) que espera voltar à sua cadeira na próxima semana e votará pelo impeachment.
RISCO DE AFASTAMENTO
Contra ele corre no Conselho de Ética e Decoro procedimento que pode cassá-lo. Contudo, o prazo para julgamento Nesse caso não está definido.
Os senadores de Mato Grosso do Sul analisaram que o parecer da comissão deve ser votado entre a primeira semana de maio e a primeira quinzena do próximo mês. Dentro desse prazo, é possível que o processo contra Delcídio não tenha sido julgado, permitindo-o comparecer à votação.