Segunda-Feira, 9 de Junho de 2025
Política
20/01/2013 10:59:27
Sob Dilma, infraestrutura perde e educação expande
Em contraste com sua imagem pública de gestora de obras, a presidente Dilma Rousseff deixou a infraestrutura minguar em sua primeira metade de mandato.

Folha/HJ

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\n \n Em\n contraste com sua imagem pública de gestora de obras, a presidente Dilma\n Rousseff deixou a infraestrutura minguar em sua primeira metade de mandato. \n \n Uma\n análise do desempenho dos principais programas do governo mostra que as reais\n prioridades da atual administração são outras: educação e assistência social. \n \n Análise:\n É necessário duplicar investimentos no setor, mas faltam recursos e estrutura\n \n Criticada\n por baixos números de investimentos e de crescimento econômico, Dilma promoveu\n uma expansão 25% acima da inflação nas despesas com ensino básico,\n profissionalizante e superior. \n \n Quase\n no mesmo ritmo subiram as transferências assistenciais de renda, puxadas pela\n maior ampliação do Bolsa Família desde o final do primeiro governo Lula (com\n alta dos benefícios e do limite de crianças por família). \n \n Ainda\n não oficiais, os dados da execução do Orçamento pesquisados pela Folha apontam\n que os gastos federais atingiram recorde histórico em 2012 --podem superar pela\n primeira vez 18% do PIB (Produto Interno Bruto). \n \n O\n aumento dos desembolsos, porém, não é generalizado: há setores que encolheram,\n por opção política ou por problemas gerenciais. \n \n Os\n investimentos totais em transportes, urbanismo e saneamento, que cresciam ano a\n ano, passaram a cair --no primeiro caso, 22% ante 2010. \n \n As\n pastas responsáveis, Transportes e Cidades, sofreram acusações de\n irregularidades e troca de titulares no primeiro ano de Dilma. \n \n Outras\n despesas aumentaram, mas por imposições da legislação ou compromissos atrasados\n da gestão anterior. \n \n É\n o caso do programa Minha Casa, Minha Vida, de 2009, cujos subsídios começaram a\n ser pagos em maior volume no ano passado. \n \n Já\n o impulso à educação, que vinha desde Lula, é de outra natureza. Um sinal\n evidente é que, sob Dilma, o MEC elevou seu quadro de pessoal em 21 mil\n professores e outros servidores -- totalizando 236 mil. No restante da\n Esplanada, o contingente caiu de 353 mil para 341 mil. \n \n OUTRO LADO\n \n \n O\n governo diz que os investimentos totais tiveram alta de 40%, em valores\n nominais, em relação a 2010. \n \n Na\n conta estão, além da infraestrutura, obras e compras de equipamentos para\n saúde, educação e outras finalidades, além dos subsídios do Minha Casa, Minha\n Vida. \n \n "E\n esse aumento aconteceu mesmo na comparação com um ano de forte crescimento\n econômico", afirma a chefe da assessoria econômica do Ministério do\n Planejamento, Esther Dweck. \n \n Para\n ela, esse valor global espelha mais fielmente a prioridade à expansão da\n capacidade produtiva do que os gastos em transportes e urbanismo, mais\n diretamente associados à infraestrutura. \n \n Ela\n cita ainda novas linhas de crédito em bancos públicos, subsídios e desonerações\n tributárias ao setor privado. \n \n Dweck\n diz que a forma mais correta de identificar as prioridades do governo é a\n análise de programas temáticos (e não setores inteiros). \n \n Sobre\n queda nos gastos em transportes, ela cita que o ritmo de desembolsos acelerou\n no segundo semestre de 2012. \n \n \n \n \n
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