G1/LD
ImprimirO Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo manteve por unanimidade a cassação do mandato do vereador Camilo Christófaro (PSB).
O julgamento em segunda instância ocorreu na tarde desta quinta-feira (6). A decisão cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O G1 entrou em contato com a assessoria do vereador e aguarda retorno.
Em junho deste ano, o vereador teve o mandato cassado na Justiça Eleitoral e defesa recorreu ao TRE. Nesta tarde, o júri manteve a decisão da Justiça Eleitoral, mas deu provimento parcial para retirar a pena de inelegibilidade.
No dia 28 de novembro, o julgamento em segunda instância chegou a ser adiado logo após o início da sessão. O juiz Manuel Pacheco Dias Marcelino pediu vista (mais tempo para análise) dos autos do processo.
Cristófaro deve permanecer no cargo até janeiro de 2019 por conta dos trâmites legais.
A denúncia
O parlamentar foi cassado pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, em representação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral, por captação ilícita de recursos financeiros durante as eleições 2016.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, parte do dinheiro usado na campanha do vereador teve origem ilícita - R$ 6 mil, cerca de 14% do total declarado ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
De acordo com a sentença, Cristófaro recebeu dinheiro de Ana Maria Comparini Silva, a mesma pessoa física que aparece como doadora da campanha do prefeito e vice-prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Jr. e Roberto Luiz Vidoski.
Ana Maria Comparini Silva, pensionista do INSS e sem recursos financeiros para a doação, foi acusada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo em junho deste ano, junto com o prefeito e vice de São Caetano do Sul, pela prática dos crimes de formação de organização criminosa e caixa 2.
De acordo com as investigações, além de realizar doações milionárias sem capacidade econômica, Ana Maria foi identificada como sendo titular da principal conta bancária utilizada para transitar recursos que abasteceram direta ou indiretamente a campanha de Auricchio e o PSDB de São Caetano do Sul, que somam mais de R$ 1,4 milhão.