\n \n Os parlamentares da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do\n Calote partiram para o ataque e desafiaram o prefeito Alcides Bernal (PP) a\n provar que enviou os documentos pedidos pelos vereadores. A discussão não é de\n hoje, mas vem ficando mais ‘quente’ nas últimas semanas.\n \n Os membros da CPI alegam que a prefeitura está segurando\n documentos e contratos, se recusando a entregar os papéis para análise. Já\n Bernal e o procurador-geral do município, Luiz Carlos Santini, garantem que\n está tudo nas mãos dos vereadores.\n \n “Ele tem que provar que entregou os documentos, aí vamos ver quem\n está mentindo”, desafiou o vereador Elizeu Dionizio (PSL), relator da CPI do\n Calote.\n \n Segundo Dionizio, os documentos que comprovariam o pagamento de R$\n 17 milhões à Solurb, por exemplo, não foram apresentados.\n \n A opinião é a mesma do presidente da Comissão, o peemedebista\n Paulo Siufi. “Não temos os documentos dos contratos milionários, da Solurb não\n recebemos nada”, voltou a reclamar.\n \n Siufi ainda cobrou explicações sobre as licitações vencidas por\n empresas que sequer têm sede em\n Campo Grande, caso da Mega Serv (Dourados), e dos contratos\n assinados com a dispensa de licitação.\n \n Fora de hora\n \n Segundo Elizeu Dionizio, relator da CPI, a prefeitura estaria\n realizando os pagamentos somente após 90 dias, o que, por si só, já caracteriza\n caso de improbidade administrativa, já que muitos contratos têm cláusulas de\n cobrança de juros, o que gera prejuízo aos cofres municipais.\n \n “A Vyga, por exemplo, recebeu o valor devido na íntegra no dia que\n a representante veio prestar depoimento na CPI. Mas se pagou na íntegra\n comprova que (o contrato) não tinha irregularidades, então qual o motivo de não\n ter pago antes”, questionou Elizeu.\n \n O relator ainda quer saber porque algumas empresas recebem em dia,\n e outras não.\n \n \n \n \n