Tecnologia
06/12/2013 10:12:01
Aplicativo para avaliar moças, "Tubby" nunca existiu, dizem criadores
Os criadores do aplicativo Tubby, para homens avaliarem mulheres, revelaram que o lançamento do app nunca existiu e, na verdade, se tratava de uma campanha para conscientizar as pessoas dos limites da exposição da intimidade e dos riscos da violação da intimidade, de acordo com um vídeo publicado
G1/LD
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Os criadores do aplicativo Tubby, para homens avaliarem mulheres, revelaram que o lançamento do app nunca existiu e, na verdade, se tratava de uma campanha para conscientizar as pessoas dos limites da exposição da intimidade e dos riscos da violação da intimidade, de acordo com um vídeo publicado nesta sexta-feira (6) no YouTube pelos criadores. A proposta do aplicativo gerou comoção entre as mulheres. A 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) chegou a proibir a disponibilização do Tubby em todo o Brasil na quarta-feira (4), dia em que o app seria lançado. Antes, a equipe responsável por ele cancelou seu lançamento para esta sexta. No vídeo, os idealizadores, Guilherme Salles e Rafael Fidelis, apresentam, como parte da brincadeira, um suposto investidor que explica os objetivos do aplicativo. Ele fala em coreano, e o vídeo exibe uma legenda falsa em português. Ao ativar o sistema de legendas do YouTube, a legenda verdadeira surge. Sério, caras, vocês caíram nessa bobagem? 2014 já está chegando e ainda tem gente querendo regredir para 6ª série, dando notas pra pessoas do sexo oposto, diz o rapaz, que permeia o discurso com menções ao aplicativo Lulu, direcionado ao público feminino que é incentivado a avaliar o comportamento masculino. Pessoas não são objetos, e a intimidade de um relacionamento, por pior que tenha sido, não pode ser exposta dessa forma." "Esse tipo de aplicativo pode até ser "mera brincadeira", mas dão as ferramentas para pessoas anonimamente fazerem estragos na imagem pública das outras, caso ainda mais grave nos dias atuais, em que observamos intimidades filmadas por ex-namorados por exemplo vazando na rede e tendo repercussão drásticas, continua. O jovem fala ainda no aspecto sexista, machista e heteronormativo de aplicativos como o "Lulu" --e como também seria o "Tubby". Ao fim, questiona se pessoas que usam apps como esses ouviram falar de respeito, intimidade e privacidade e sugere que deixem de ser babaca, imaturo e sem noção. O aplicativo chegou à Google Play. Ao ser instalado, porém, o objetivo é direcionar os usuários para o vídeo no YouTube, mas apresenta falhas em alguns celulares. Os jovens que idealizaram o Tubby contaram com a ajuda do blogueiro Cid, do Não Salvo.
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