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ImprimirUm hacker russo de 32 anos foi condenado a 27 anos de prisão nos EUA por roubar milhões de dados de cartões de crédito de empresas ao infectar seus sistemas de pontos de venda com malware.
Essa é a maior sentença da história norte-americana para um crime relacionado à computação, superando a pena de 20 anos anunciada em 2010 para o hacker e ex-informante do Serviço Secreto dos EUA, Albert Gonzalez, que foi condenado por atividades similares de roubo de dados de cartão de crédito.
O hacker russo em questão é Roman Valeryevich Seleznev, nascido em Vladivostok, e condenado na última sexta-feira, 20/4, por 10 acusações de fraude, oito acusações dano intencional a um computador protegido, 9 acusações de obter informações de um computador protegido, 9 acusações de posse de 15 ou mais aparelhos de acesso não autorizado e duas acusações de roubo de identidade agravado.
Roman é filho de Valery Seleznev, integrante do partido ultra-nacionalista Liberal Democratic e membro do Parlamento Russo, conhecido como Duma. O político acusou os EUA de sequestrarem seu filho quando o detiveram em 2014 nas Maldivas com a ajuda das autoridades locais.
As autoridades dos EUA alegam que, entre 2009 e 2013, Roman Seleznev infectou os sistemas de pontos de venda de mais de 500 empresas americanas com malware que capturava os dados de pagamento dos cartões e os enviava para servidores sob seu controle. A mesma técnica foi usada por hackers em alguns dos maiores vazamentos de dados que foram revelados nos últimos anos.
O laptop encontrado com o hacker russo quando ele foi preso em 2014 continha 1,7 milhão de números de cartões de crédito. Recentemente, Seleznev enviou uma cartão escrita a mão para o juiz assumindo responsabilidade pelos seus atos e pedindo por leniência.