\n \n Um dos principais desafios para o rádio brasileiro nos próximos\n anos é a implantação do sistema digital. Em julho do ano passado, foram feitos\n vários testes pelo Ministério das Comunicações com os padrões DRM (europeu) e\n HD Radio (norte-americano). Mas novos testes terão de ser realizados, já que a\n área de cobertura do sinal digital não foi considerada completamente\n satisfatória. \n \n a área de cobertura é excluir, e não podemos ter um sistema de\n rádio digital que cubra menos que o sistema analógico. Se conseguirmos vencer\n essa etapa e ter um sistema que possa cobrir o mesmo que se cobria no\n analógico, dá para avançar nas outras discussões”, explicou o diretor de\n Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério\n das Comunicações, Octavio Pieranti.\n \n A digitalização do rádio vai possibilitar melhor qualidade de\n áudio e recursos como a multiprogramação (várias programações em um mesmo\n canal) e o envio de informações por meio de mensagens de textos que poderão ser\n lidas em um visor no próprio aparelho. Com a digitalização, o sinal do rádio\n poderá ser recebido diretamente em computadores, telefones celulares, tablets e\n televisores. \n \n Pieranti explica que, ao contrário da digitalização da televisão,\n não existe a previsão de um desligamento total do sistema de rádio analógico.\n “Por enquanto, vamos manter [as duas tecnologias]. É claro que quando se fala\n em uma tecnologia dessas, um dia se espera desligar. Mas esse dia, no caso do\n rádio, é imprevisível neste momento”, acrescenta. \n \n Os testes para a implantação do novo sistema são acompanhados pelo\n Conselho Consultivo do Rádio Digital, formado por representantes da sociedade\n civil, do governo federal, do setor de radiodifusão (comercial, educativa,\n comunitária e pública), da indústria (recepção, transmissão e audiovisual), das\n instituições acadêmicas e dos anunciantes. \n \n A próxima reunião está marcada para o dia 28 de fevereiro. A\n gerente de rádios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Taís Ladeira, defende\n que a digitalização do rádio brasileiro seja feita para todas as frequências,\n inclusive as ondas curtas. Segundo ela, a empresa vai trabalhar para que a\n digitalização do rádio seja uma possibilidade de universalização da comunicação\n pública. \n \n “Não podemos fazer com que os cidadãos brasileiros sejam separados\n em primeira e segunda classe: os de primeira classe, dos centros urbanos, que\n recebem qualidade digital nas FMs e os de segunda classe, das localidades mais\n remotas, que não podem ter uma comunicação em ondas curtas com qualidade\n digital e com toda a capacidade de interatividade que o rádio digital vai\n trazer”. \n \n \n \n \n