Segunda-Feira, 7 de Outubro de 2024
Tecnologia
22/09/2024 08:00:00
Regulador dos EUA avisa que redes sociais estão "vigiando" usuários
O mais recente relatório da Comissão Federal do Comércio é o resultado de uma investigação de dois anos

NM/PCS

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Foto: © iStock

A Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) veio a público compartilhar um relatório onde aponta que as redes sociais e plataformas de vídeo estão compartilhando grandes quantidades de dados pessoais dos respectivos usuários com outras entidades.

O relatório é o resultado de uma investigação às práticas de recolha de dados de plataformas como o Facebook, WhatsApp, Google, Discord, Amazon, Snapchat, TikTok e o X (ex-Twitter) e que aconteceu entre o início de 2019 e o final de 2020. A entidade reguladora norte-americana conclui que estas plataformas estão conduzindo uma “vasta vigilância” aos usuários.

“Reconhecer este fato básico é importante tanto para os responsáveis ​​pela aplicação da lei como para os responsáveis políticos, porque quaisquer esforços para limitar ou regular a forma como estas empresas recolhem dados pessoais dos usuários entrarão em conflito com os seus principais incentivos comerciais”, pode ler-se no comunicado da presidente da FTC, Lina Khan. “Para criar regras ou soluções eficazes que limitem esta recolha de dados, os políticos terão de garantir que a violação da lei não é mais rentável do que o cumprimento da mesma".

Khan deixa também uma mensagem para as empresas responsáveis por estas plataformas, enaltecendo a importância de investir na “limitação da retenção e partilha de dados, na restrição da publicidade direcionada e no reforço da proteção dos adolescentes”.

A Google já se pronunciou sobre este relatório e, de acordo com o The Guardian, nota que a empresa “nunca vende informações pessoais” e “não utiliza informações confidenciais para veicular anúncios”.

“Proibimos a personalização de anúncios para usuários menores de 18 anos e não personalizamos anúncios para qualquer pessoa que veja ‘conteúdos feitos para crianças’ no YouTube”, pode se ler no comunicado da tecnológica de Mountain View.

O Discord também veio a público comentar o relatório, aproveitando ainda para criticar a abordagem da FTC afirmando que a entidade colocou “modelos muito diferentes [de negócio] num único saco”.

“O modelo de negócio do Discord é muito diferente – somos uma plataforma de comunicação em tempo real com fortes controles de privacidade do usuário e sem ‘feeds’ para ‘scroll’ interminável. Na época do estudo, o Discord não geria um serviço formal de publicidade digital”, afirmou uma executiva do Discord nos EUA e no Canadá.

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