Sábado, 31 de Maio de 2025
Tecnologia
15/05/2025 15:23:00
Streaming grátis vira tendência mundial, e Brasil é novo campo de batalha

UOL/PCS

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Como esta coluna adiantou ainda em outubro do ano passado, a tão comentada "guerra do streaming" acabou. A Netflix, a primeira e única a romper a barreira dos 300 milhões de assinaturas, venceu. Contudo, um novo conflito começou: a "guerra dos anúncios", com os principais grupos de mídia e tecnologia disputando o dinheiro da publicidade —e a atenção do público.

Nessa nova disputa, um campo de batalha é especial: o do streaming grátis. São plataformas totalmente abertas, sem qualquer custo, mas que trazem propagandas. Vertente essa que, aqui no Brasil, vai ficando cada vez mais interessante. A novidade mais recente é a chegada da Roku TV ao Vivo, disponível nos dispositivos da marca desde o início deste mês.

O novo serviço se enquadra no chamado modelo Fast, já abordado nesta coluna. O nome é uma sigla em inglês para "free ad-supported streaming television" —ou "televisão via streaming gratuita suportada por anúncios", em português. Trata-se de um retorno ao linear, aquela do "ligar o televisor, zapear pelo controle remoto e deixar rolando o que encontrar".

Com o lançamento, a companhia norte-americana agora concorre contra Pluto TV, Samsung TV Plus e SBT, entre outros —todos apostando no mesmo formato, 100% gratuito.

Fundada nos EUA em 2002 e atuando no Brasil desde 2020, a Roku começou por aqui vendendo pequenos dispositivos que permitem transformar qualquer aparelho de televisão em uma TV conectada. Depois, passou a fornecer o seu sistema operacional para fabricantes como Philco, AOC, TCL e Semp.

Por que oferecer de graça?

O mercado de Fast está agitado. Em todo o mundo, segundo dados da Gracenote, são cerca de 1.900 canais do tipo disponíveis —sendo 1.300 apenas nos Estados Unidos. Por lá existem serviços como a Tubi e a Freevee, que ainda não chegaram ao nosso país.

Por isso, os EUA são o grande exemplo do potencial que o modelo pode alcançar. No país, ele já representa 3,7% da audiência da televisão, de acordo com um estudo divulgado pela Nielsen no ano passado.

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