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ImprimirYouTube mudou nesta terça-feira (16) as regras para que um canal de vídeo se torne elegível para conseguir levantar dinheiro na plataforma. A partir de agora, ficará ainda mais difícil, porque os canais deverão atingir uma meta de audiência.
Em meio a uma série de críticas devido à produção de alguns criadores, a empresa diz que tomou essa decisão para “spammers, imitadores e outros atores ruins não prejudiquem o ecossistema ou tirem proveito dele”.
Segundo as novas diretrizes, para ingressar no programa de parcerias do YouTube e passar a gerar receita, os canais terão que ter:
1 mil assinantes;
4 mil horas de conteúdo assistido nos últimos 12 meses.
Isso quer dizer que um youtuber tem de acumular, em média, cerca de 11 horas de vídeos assistidos em sua plataforma por dia.
As novas regras começam a valer em 20 de fevereiro, quando o YouTube passará a aplicar os parâmetros mais restritivos a canais existentes.
“Nessa data, canais com menos de 1 mil inscritos ou 4 mil horas vistas não poderão mais ganhar dinheiro no YouTube”, afirmaram os executivos da plataforma, Neal Mohan (diretor de produto) e Robert Kyncl (diretor de negócios), em comunicado conjunto.
Os novos canais deverão se inscrever no programa e só terão o registro avaliado quando atingirem os números de audiência.
Regra antiga
Segundo a plataforma de vídeo do Google, 2017 foi um ano difícil, mas informa o número de canais que faturam na casa do seis dígitos cresceu 40%, em relação a 2016.
No ano passado, a empresa já começou a limitar os canais que poderiam faturar. Em abril de 2017, o YouTube já havia dificultado que canais de vídeo angariassem receita. Somente poderiam se tornar parceiros aqueles que tivessem 10 mil visualizações.
Afetados
O YouTube admite que “um significante número de canais” será atingido. Mas são produtores que ganham pouco dinheiro. “99% dos afetados fizeram menos de US$ 100 no ano passado, com 90% faturando menos de US$ 2,50 no último mês”, afirmam os executivos.
Após a implementação dos novos patamares de audiência, os canais que ficarem abaixo da meta ainda receberão valores residuais, pagos pelo YouTube de acordo com as regras antigas. “Depois de profundas considerações, nós acreditamos que isso é um compromisso necessário para proteger nossa comunidade.”