Sheila Forato
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A dívida do Hospital Regional Álvaro Fontoura, apresentada na audiência pública organizada pelo vereador Abílio Vanelli (PT), ultrapassa os R$ 9,6 milhões. Ao longo de nove anos, a fundação adquiriu dívidas com FGTS (R$ 3.220.184,10), INSS (R$ 1.328.721,11), IRRF (R$ 3.244969,74), fornecedores (R$ 1.475.623,47) e médicos (R$ 3.83478,58).
Essa situação tem comprometido a qualidade do atendimento do hospital, que sofre com a falta de médicos, por perdas devido aos atrasos salariais, com falta de material, inclusive básico. Tanto que, recentemente, tiveram de deslocar um funcionário até o outro lado do estado para pegar seringas emprestadas.
O fato é que no Hospital Regional de Coxim se gasta mais do que se arrecada. Veja bem, conforme dados apresentados pela diretora Joelma Schumacher, a folha do pagamento consome mais de R$ 1 milhão, sobrando menos de R$ 500 mil para toda a manutenção do hospital.
A conta não fecha. Tanto que somente em 2018 o HR de Coxim ficou com déficit no caixa de R$ 2,8 milhões, pois a receita foi de R$ 14,7 milhões e a despesa de R$ 17,5 milhões. Recentemente, o governo do Estado autorizou uma auditoria no local e constatou alguns erros de gestão, que precisam ser corrigidos. Entretanto, o resultado dessa auditoria ainda não foi divulgado.
Segundo Vanelli, a audiência resultou em alguns encaminhamentos. Dentre esses, trabalhar junto aos governos Federal e Estadual para aumentar os repasses à fundação, assim como os municípios, que, com exceção de Alcinópolis, repassam o mesmo valor desde 2010.
Antes mesmo da audiência começar a Câmara Municipal de Coxim estava lotada de cidadãos, de várias cidades da região norte, além de autoridades, interessados em entender o que está acontecendo com o Hospital Regional. Além da direção, eles ouviram prefeitos, vereadores, representantes do governo do Estado e do Ministério Público Estadual.
