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Geral
01/04/2022 14:16:00
Delegado preso na Omertà é condenado a três anos de prisão por posse de fuzil
Márcio Shiro Obara cumprirá pena por crime do sistema nacional de armas no regime aberto

CE/PCS

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Delegado foi condenado por crime do sistema nacional de armas (Foto: Arquivo/CE)

O delegado Márcio Shiro Obara, preso durante a terceira fase da Operação Omertà, foi condenado a 3 anos de reclusão e 10 dias-multa por posse de um fuzil, encontrado durante cumprimento de mandato em sua residência.

O processo corre em segredo de Justiça, mas a sentença foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta sexta-feira (1º).

Conforme a decisão, da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o regime de cumprimento da pena será o aberto.

Delegado investigado

Além do crime do sistema nacional de armas, Márcio Shiro Obara foi preso na terceira fase da Operação Omertà sob a suspeita de receber R$ 100 mil como propina para ocultar provas de um homicídio e não relacioná-lo à milícia armada.

Em agosto de 2020, a 1ª Vara Criminal de Campo Grande concedeu habeas corpus ao delegado, que teve a prisão preventiva substituída por medidas de restrição como uso de tornozeleira eletrônica.

A acusação, inicialmente sem nome, foi feita pela esposa de um dos integrantes do grupo investigado na Omertà e chefiado, segundo o Gaeco, por Jamil Name e Jamil Name Filho.

Inserida no inquérito como testemunha, ela afirmou que o dinheiro foi pago em espécie, mas não citou o nome de Obara e nem deu pistas, como citação de características físicas.

As suspeitas vieram à público em 27 de setembro de 2019, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Omertà, denominada Armagedom.

Obara é ex-titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DEH) e atuava até sua prisão na 2ª DP - que fica na avenida Mascarenhas de Moraes e é responsável pela região norte de Campo Grande.

Em julho de 2019, foi aceita denúncia contra Obara, Jamil Name, Jamil Name Filho, Fahd Jamil, Flávio Correia Jamil Georges e o ex-guarda municipal Marcelo Rios, pelos crimes de obstrução da justiça, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

Entre as acusações que recaem sobre Obara, está o recebimento de propina e assédio aos delegados Fábio Peró e João Paulo Sartori, do Garras.

A defesa nega que ele tenha envolvimento com a citada milícia e tenha cometido os crimes.

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