Sexta-Feira, 17 de Maio de 2024
Logística
01/05/2024 07:38:00
Agesul não tem prazo para obras na MS-436 com ‘crateras da Lua’ em Mato Grosso do Sul
Licitação de R$ 71 milhões para reparos na via sequer foi publicada

MMN/PCS

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Foto: Edflydrone

A situação da rodovia MS-436, no trecho entre Camapuã e Figueirão, é preocupante para motoristas que precisam da via para seus deslocamentos. O trecho crítico fica após o distrito de Pontinha do Cocho e está praticamente intransitável. Apesar disso, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) não tem sequer prazo para iniciar obras de reparo na região.

Vídeo impressionante compartilhado em perfil de rede social mostra que o asfalto está com crateras comparadas com as da ‘Lua’ por seguidores, que lamentam o descaso com a via.

Imagens feitas com uso de drone pelo administrador da página Edflydrone foram publicadas nas redes sociais e chamaram a atenção dos seguidores. Nela, o cinegrafista, que também é motorista e percorre muitas estradas no Estado, faz uma tomada aérea noturna que revela a extensão do problema dos buracos.

Um dos comentários do vídeo na rede social destaca o perigo enfrentando diariamente por motoristas em estradas de más condições. “Lamentável o que esses motoristas passam nessas estradas pra levar cargas, pois sou filha de um caminhoneiro que foi morar com Deus, meu carinho e respeito a todos caminhoneiros desse chão brasileiro”, disse uma seguidora.

“Só quem tem que passar por esse trecho frequentemente sabe o quão importante é esse post”, concorda outra seguidora.

Sem prazo para reparos

Ainda em abril, a Agesul anunciou o lançamento de licitação que visa à restauração da Rodovia MS-436, no trecho de 61,60 km que vai da entrada na BR-060 até o limite municipal entre Camapuã e Figueirão (próximo à Pontinha do Cocho). A licitação deverá ser finalizada em maio e o prazo para os trabalhos será de 600 dias (20 meses).

Depois desta, uma segunda etapa foi anunciada pelo Governo Estadual, ainda em novembro passado. Segundo matéria publicada no site, o segundo lote segue da Pontinha do Cocho até Figueirão, com reforma de mais 49,9 km. Este trecho representa um investimento de R$ 71 milhões. Com licitação ainda não publicada, a empresa escolhida terá que concluir os trabalhos em 480 dias (16 meses).

A reportagem do Jornal Midiamax questionou a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) sobre a previsão para licitação do segundo lote. Em nota, o órgão informou que o lote 2 está na Diretoria de Licitação de Obras – DLO/Agesul – e aguarda a publicação do aviso de lançamento de licitação.

Deputado cobra solução

Nesta terça-feira (30), deputado Pedro Kemp (PT) usou o pequeno expediente da sessão para solicitar a reparação da estrada.

A solicitação foi feita diretamente ao secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul). O deputado relata péssimas condições do asfalto da estrada e diz que o pedido foi encaminhado por moradores da região.

“Conforme informado, há trechos repletos de buracos tornando impossível o tráfego de veículos em velocidade permitida para a via, e com relação aos motociclistas o risco de acidente aumentou. Além das questões de segurança, os motoristas enfrentam a perda de tempo e os reiterados problemas mecânicos nos veículos”, registra a indicação.

Pista de obstáculos

No último ano, o Midiamax já havia relatado a dor de cabeça causada pelo trecho da MS-436. Leitor do jornal, que preferiu não se identificar, utiliza a via duas vezes por semana e descreveu a situação como uma pista de obstáculo.

“Desde dezembro de 2022 a rodovia encontra-se intransitável. Há trechos que devemos trafegar na contramão ou até desviar para o mato, pois não tem acostamento”, conta.

“Utilizo a rodovia toda semana e constantemente presencio acidentes e carros quebrados devido aos buracos”, diz ele, que garante que o trecho mais crítico é próximo ao distrito de Pontinha do Cocho.

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