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ImprimirSubiu em 1,2 milhão o número de brasileiros que entraram para a estatística do desemprego nos três primeiros meses do ano. Com isso, o total de pessoas à procura de trabalho chegou a 13,4 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação subiu para 12,7%, mas ainda é inferior aos 13,1% atingidos nos três primeiros meses de 2018.
As maiores quedas no número de ocupados foram no setor da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 332 mil pessoas, seguido por construção, com perda de 228 mil pessoas. Os outros setores ficaram estáveis.
“Existe uma sazonalidade na administração pública, representada principalmente pelas prefeituras, que contratam servidores temporários e os demitem no início do ano”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
O contingente de 32,9 milhões de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao último trimestre de 2018. Já a categoria dos empregados desse setor sem carteira de trabalho assinada registrou perda de 365 mil postos de trabalho, caindo para 11,1 milhões de pessoas.
“O mercado jogou 1,2 milhão de pessoas na desocupação e a carteira de trabalho não teve recuperação. Os trabalhadores sem carteira que tinham sido contratados como temporários para vendas, como na Black Friday e no Natal, ou que trabalharam nas eleições, saíram do emprego no início do ano. Como esses postos de trabalho pagam menos, a média de rendimentos do setor aumentou sem que houvesse um ganho real nos rendimentos dos trabalhadores”, analisa Cimar Azeredo.
Subutilização e desalento aumentam
A taxa de subutilização da força de trabalho foi de 25%, a maior desde 2012. Isso representa um grupo de 28,3 milhões de pessoas que trabalham menos que queriam. Além dos desocupados, também entram nessa categoria pessoas que têm jornada de menos de 40 horas semanais e os que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos.
São mais de 1,5 milhão de pessoas que passaram a ser subutilizadas, uma alta de 5,6% frente ao trimestre fechado em dezembro de 2018. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, quando havia 27,5 milhões de pessoas subutilizadas, esta estimativa subiu 3%, um adicional de 819 mil pessoas nessa situação.
O número de desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar emprego, aumentou em 180 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, chegando a 4,8 milhões de brasileiros, o maior contingente da série histórica.