Sheila Forato
ImprimirAvaliação, banho de leito, monitoração dos sinais vitais, relatórios, curativos, acessos e medicações. Esse é o resumo do dia-a-dia de um enfermeiro no Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim. É desta forma que muitos estão comemorando o Dia Internacional do Enfermeiro no momento em que você está lendo essa reportagem, uma forma que o Edição MS encontrou para homenagear os profissionais, que também são ‘confundidos’ com anjos da guarda.
Quem topou contar um pouquinho dessa rotina foi o enfermeiro Walisson Vieira, de 31 anos, que atualmente é responsável pela UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do HR de Coxim. Ele está na linha de frente do combate ao Coronavírus (Covid-19) desde sempre. Inicialmente no isolamento e depois passou a chefiar os colegas no intensivo, que conta com oito leitos para atender toda a rede pública de Mato Grosso do Sul.
A rotina é puxada. Os enfermeiros e técnicos tem de conviver ainda com a frustração quando alguém perde a luta para a doença, porém, quando o paciente recebe alta a enfermagem só falta fazer festa para comemorar. No meio da entrevista, feita de forma online, Vieira fez questão de contar que ontem (terça-feira, dia 11) um paciente de Dourados (MS) recebeu alta depois de 30 dias internado na UTI de Coxim. “É nossa maior alegria”, definiu o enfermeiro.
De acordo com ele, a rotina começa às 7 horas. No início do plantão, todos os pacientes são avaliados e as funções distribuídas. Cada profissional fica responsável por dois pacientes da UTI. Após as avaliações, os técnicos dão os banhos de leito e Vieira começa a preparar os documentos diários. Neste momento os médicos dão início às prescrições e ele faz o aprazamento dos remédios.
Tudo pronto é hora de começar a ministrar as medicações, enquanto os fisioterapeutas fazem a evolução dos pacientes. O enfermeiro chefe conta que os sinais vitais são monitorados de hora em hora e relatórios confeccionados a cada duas horas. E se você pensa que o responsável pela enfermagem fica parado, se enganou. Vieira tá lá, trocando curativos dos acessos venosos, fazendo anotações, resolvendo questões internas como materiais e manutenções.
Após o almoço toda essa rotina se repete. A rotina fica um pouco mais puxada em dias que tem as chamadas intercorrências, ou seja, intubação, extubação, passagem de acesso venoso central, colocação de sondas, seja vesical ou nasoenteral. Foi a profissão que Walisson Vieira escolheu. Ele começou a trabalhar no HR de Coxim no setor administrativo e se apaixonou pela enfermagem. Em 2013 ingressou no curso e se formou em 2017, no ano seguinte já estava percorrendo os corredores do hospital, vestido de jaleco branco.
Apesar de chefiar a UTI, Vieira divide todas as conquistas com sua equipe, que saiu do isolamento para o intensivo e se desdobra para dar conta do recado. “A luta é árdua, mas seguimos trabalhando, na certeza de que estamos fazendo nosso melhor por cada paciente. Fazemos cuidado e doamos amor”, definiu o enfermeiro.
Nas redes sociais diversas pessoas tem prestado homenagens à categoria. Em Coxim a loja Gazim exibiu uma faixa “#Gratidão profissionais da saúde” e às 9 horas desta quarta-feira (12) os funcionários se reuniram para aplaudir os enfermeiros. A ação aconteceu em mais de 300 lojas do grupo espalhadas por todo o Brasil. “É o mínimo que podemos fazer por quem faz tanto por nós”, disse Rozi Paiva, gerente da loja Gazim da avenida Virgínia Ferreira.
Parabéns, aos nossos anjos da guarda, ops...enfermeiros.