Sheila Forato
ImprimirO governo publicou neste sábado (22) atualização do mapeamento genômico em Mato Grosso do Sul. Infelizmente, as variantes P.1 e P.2 já foram encontradas em exames de pacientes com Coronavírus (Covid-19) de duas cidades da região norte. A P.1 foi detectada em dois exames de Costa Rica e a P.2 em uma amostra de Rio Verde.
A P.1 é de linhagem brasileira, descendente da B.1.1.28, surgiu em Manaus (AM). Variante de preocupação, indicada por algumas pesquisas como altamente transmissível e maior potencial de gravidade. Estudo feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) concluiu que a P.1 tem o poder de se replicar mais dentro do corpo, causando maior carga viral nos pacientes. A P.2 é semelhante, com origem no Rio de Janeiro (RJ).
Em Coxim, por enquanto, foi encontrada apenas a variante B.1.1.33 no material examinado pelo Lacen (Laboratório Central), responsável pelo estudo em todo Mato Grosso do Sul. Entretanto, isso não quer dizer que a cidade esteja livre de variantes mais letais. Na semana passada, a gerente de Vigilância Epidemiológica de Coxim, Patrícia Ferreira Gomes, explicou que são examinadas amostras aleatórias, ou seja, não é feito estudo genômico em todo material coletado pelos municípios.
A forma como a doença tem acelerado nos últimos 15 dias desperta a desconfiança das autoridades em saúde de que as variantes mais letais já circulem em Coxim. O gerente da Vigilância Sanitária, Luiz Eduardo dos Santos, vem alertando sobre a possibilidade desde a semana passada por conta da evolução da doença, que já matou oito pessoas em Coxim no mês de maio.